Sony tenta recuperar imagem com PlayStation Premium de graça

Prejuízos da Sony

PODER INEBRIANTE E IRRESPONSÁVEL

O Chefe de Redação

Foi uma sucessão de erros inacreditáveis, o mais imperdoável ter escondido por vários dias a dimensão do roubo de dados dos seus usuários até que fosse lançado o seu tablet no mercado japonês.

Se é verdade que a Sony deu “azar” que a invasão do seu sistema tenha ocorrido às vésperas do lançamento de mais uma de suas bugingangas tecnológicas, também é certo que ela subestimou a inteligência e o senso crítico do público em geral e, em particular, dos utilizadores da plataforma de jogos online PSN.

Hoje em dia não dá mais para brincar com coisa séria. Tendo os implacáveis Anonymous nos seus calcanhares, com a velocidade na troca de informações pelo twitter e a malha cada vez mais fechada da blogosfera e das redes sociais, só mesmo uma diretoria cega por uma falsa sensação de poder se daria ao luxo de colocar a credibilidade da companhia em jogo de maneira tão inconsequente.

Agora a Sony tenta resolver o estrago em sua imagem oferecendo acesso gratuito ao conteúdo premium da PlayStation Network. Os gênios corporativos acham que desta forma irão compensar o vazamento de detalhes pessoais de 78 milhões de contas de usuários.

“O estrago está feito para a Sony não importa em que escala a empresa venha distribuir conteúdo a essa altura. A companhia terá que realizar um esforço prolongado para reconquistar a confiança dos clientes”, disse Jay Defibaugh, diretor de pesquisa de ações da MF Global, em Tóquio.

“Qualquer coisa que solape a disposição dos consumidores de fornecer detalhes de cartão de crédito à Sony representa um problema para sua estratégia de redes”, disse.

O Goldman Sachs estimou que o impacto total no resultado da empresa deve ficar abaixo dos 615,5 milhões de dólares. Estes números são até otimistas. Muitos usuários abrem múltiplas contas e o número total de cartões de crédito válidos registrados na rede é de 10 milhões.

PlayStation Network

PLAYSTATION PODE RETORNAR ESTA SEMANA

Nesta segunda-feira, 2, o vice-presidente da Sony, Kazuo Hirai, informou que parte da PSN (PlayStation Network), a rede online de games do PlayStation, deve voltar ao ar nesta semana.

A rede, que permite que usuários do PlayStation joguem online, está fora do ar desde 20 de abril por ter sofrido uma invasão de hackers.

Desde a queda, a Sony diz ter reforçado o monitoramento do software e a proteção de dados, bem como investido em novas medidas de segurança.

A retomada da rede vai ser feita em fases, de região em região, afirma Hirai, a começar pela restauração das partidas de jogos do PS3 e do PSP. Os jogadores serão orientados sobre o procedimento de troca de senhas e proteção da conta.

A empresa afirma que configurações, histórico de downloads e lista de amigos armazenados na PSN não serão afetados pela queda do serviço. No entanto, dados como nome completo, endereço e número de cartão de crédito (suspeita-se que 10 milhões estejam diretamente envolvidos) das mais de 77 milhões de contas afetadas podem estar nas mãos dos responsáveis pelo ataque.

Hirai diz ainda que FBI e outras autoridades foram contatadas para investigar o que a Sony chama de “ataque virtual criminoso” ao data center em San Diego, na Califórnia.

PSN - Roubo de dados

?35 MILHÕES EM AÇÃO NOS GAMES

Enquanto isso, acabamos de saber que o Brasil tem 35 milhões de usuários de jogos digitais — sendo 19,2 milhões de homens e 15,8 milhões de mulheres –, e a plataforma mais popular no país são os sites de games casuais, que contam com 26,4 milhões de jogadores.

Esses são alguns dados de uma pesquisa realizada com 20 mil pessoas em dez países pela Newzoo, que estuda o mercado mundial de videogames.

Ela revela informações sobre o perfil dos jogadores de videogame brasileiros. Eles passam, por semana, 11,3 com internet, 10,7 horas com jogos, 5,5 horas com TV, quatro horas com rádio e 1,8 com jornais e revistas. E quase 47% deles gasta dinheiro com jogos.

Entre os países pesquisados, o Brasil ficou atrás, em número de jogadores, dos Estados Unidos (com 145 milhões), da Rússia (38 milhões) e da Alemanha (36 milhões).

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O Chefe de Redação

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