Produção virtual atinge números estratosféricos

A produção anual na esfera virtual chegou a 800 exabytes de informação. O numerozinho absurdo pode ser traduzido para o equivalente a 134 trilhões de exemplares, por exemplo, de Bíblias. Isso quer dizer que, para consumirmos partes iguais de tudo o que é colocado na rede mundial de computadores, cada terráqueo teria de ler “apenas” 22.334 livros sagrados em 365 dias.

134 MIL BÍBLIAS POR INTERNAUTA

Por Marcelo A. D’Amico

A produção na esfera virtual em 2009 chegou a 800 exabytes de informação, segundo a IDC (International Data Corporation). Para quem não sabe, um byte equivale a um caracter ou uma letra. O volume de informações produzidas e veiculadas na internet é cada vez maior.

Para termos uma pequena noção do que significa, como exemplo, os textos da bíblia têm cerca de 6 milhões de bytes. Transformando toda a quantidade de informação de 2009 em bíblias, poderíamos dizer que foram colocados na esfera virtual o equivalente a 134 trilhões de exemplares, desse que é um dos livros mais famosos do mundo.

Isso, considerando que toda a informação veiculada na internet fosse em texto, o que certamente não é real, pois também circulam imagens, vídeos, músicas e assim por diante. Na verdade, é possível mesmo que circulem menos textos que outros formatos de arquivo.

De qualquer modo, 134 trilhões de bíblias divididas por toda a população do planeta daria cerca de 22.334 bíblias por habitante terráqueo, no espaço de um ano. Isso quer dizer que, para consumirmos partes iguais de tudo o que é colocado na rede mundial, teríamos de ler “apenas” 22.334 bíblias em 365 dias.

Porém, segundo dados de 2008, a quantidade de pessoas que possuíam acesso à internet era de 824 milhões. Vamos imaginar que hoje esse número seja de um bilhão. Nesse caso, o número de bíblias por terráqueos aumentaria para 134.004 exemplares.

Mais uma vez, todos nós sabemos que o fluxo de informação na internet não se resume a textos, mas os números acima podem nos dar uma idéia de que nos tornamos giga-produtores de informação e, ao mesmo tempo, nano-leitores ou nano-consumidores das mesmas.

Ainda que esses bytes fossem traduzidos em vídeos ou músicas, pode-se imaginar que seria quase impossível conseguir consumir o montante de informação produzida. Mas isso não é tudo. O IDC calcula que até 2012 esses 800 exabytes irão triplicar.

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