Julian Assange, do WikiLeaks, concorre ao Senado na Austrália
CHE ASSANGE DÁ DRIBLE DA VACA NOS EUA
Da mesma forma que Kim Dotcom deu um nó na justiça norte-americana com o seu novo site de compartilhamento Mega, Julian Assange pode dar um histórico drible da vaca no governo dos EUA, caso se eleja senador na Austrália.
O partido político criado pelo WikiLeaks confirmou a candidatura do líder do grupo — que está exilado na embaixada do Equador em Londres desde 19 de junho de 2012 — para concorrer às eleições legislativas australianas, em 14 de setembro.
O fundador do site que revelou documentos secretos de vários países, sobretudo das mutretas dos EUA, já tinha manifestado a intenção de entrar para a política, no ano passado, através da sua conta no Twitter.
Nos meios políticos, considera-se que Assange reúne todas as condições para vencer a parada. Sondagens realizadas por uma empresa de pesquisas do Partido Trabalhista australiano, confirmam que ele pode ser um forte candidato em New South Wales ou Victoria.
A legislação local permite que cidadãos australianos vivendo em outros países podem candidatar-se ao Senado. No entanto, não se sabe ainda como é que Assange vai conduzir a sua campanha a partir da embaixada do Equador em Londres, nem como irá assumir o cargo se vencer as eleições.
De qualquer forma, seria muito embaraçoso internacionalmente para os eleitores se não pudessem ter no Senado o congressista no qual votaram e elegeram. Portanto, mais constrangedor ainda para os Estados Unidos.
O próprio Assange garante que, se for eleito senador, ficará livre da perseguição política porque Washington evitaria de todas as formas um incidente diplomático com a Austrália, sua estratégica aliada militar no Pacífico.