EUA caem na própria armadilha do GPS preparada para pegar os outros

HACKERS INVADEM SATÉLITES AMERICANOS

Espionagem por GPS

O GPS não é bonzinho e nem foi criado para ajudar ninguém a andar por lugares desconhecidos. Ele é uma arma de guerra invasiva, criada para ver de cima o que os outros fazem aqui em baixo.

O Global Positioning System na sigla inglesa é um programa de navegação por satélite, originalmente desenvolvido e implementado pelo Pentágono para as Forças Armadas dos Estados Unidos.

O sistema inclui uma constelação orbital de satélites Navstar. Hoje, o GPS é capaz de determinar no sistema mundial de coordenadas a localização de qualquer objeto em qualquer cantinho do planeta.

Cerca de um mês atrás, certos hackers, seja por diversão ou como aviso, inseriram no sistema de posicionamento da navegação civil as coordenadas de dois navios que não existiam na realidade.

Ainda antes, no verão, alunos da Universidade do Texas desviaram de sua rota um moderno iate oceânico, imitando sinais de satélites GPS em seu laptop e transmitindo-os ao sistema de bordo, bloqueando os sinais verdadeiros.

Foi tudo tão perfeito que nem o capitão, nem os equipamentos perceberam a falsificação.

CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES

Aparentemente, existem exemplos mais graves de tais “brincadeiras”, porque representantes do Departamento de Defesa dos EUA começaram a falar de uma possível substituição do GPS. Pelo menos do seu componente militar.

Descobriu-se agora que sinais de navegadores GPS podem ser interceptados e os próprios receptores, se necessário, não são mais difíceis de desativar do que qualquer outro dispositivo eletrônico.

Embora por muitos anos os norte-americanos tenham se preparado para incapacitar navegadores em outros países, agora perceberam que eles próprios estão indefesos de ameaças alheias.

Por isso, a solução será desenvolver um novo sistema com outra constelação composta por, pelo menos, uns cinquenta satélites interligados. Imagine só o custo da operação.

A questão da segurança dos sistemas existentes é vital. Hoje em dia não só cada jipe depende das indicações de um navegador, mas grupos militares inteiros, incluindo unidades da Marinha dos EUA.

BILHÕES DE DÓLARES

Ao mesmo tempo, é evidente que os norte-americanos não podem abandonar o sistema, porque o complexo GPS e Navstar tem dois segmentos: civil e militar. Por isso não se pode ainda falar da sua morte prematura.

Atualmente o segmento civil do sistema Navstar atrai um enorme mercado. Basta lembrar os múltiplos sistemas de mapeamento, em particular os mapas do Google. Este é um mercado de centenas de bilhões de dólares.

E, naturalmente, com um tal volume de dinheiro não se pode falar de falência nenhuma. Ou seja, a indústria civil é capaz de manter o sistema Navstar por conta própria, porque é extremamente lucrativo.

O maior problema do GPS norte-americano, portanto, é com o seu braço militar, que acabou caindo na própria armadilha que preparou ao longo de décadas para pegar ou bisbilhotar os outros.

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