Deep Web: os desafios de uma Internet para gente grande

BREVE MERGULHO NA INTERNET PROFUNDA

Deep Web

O Chefe de Redação

Poucos sabem, alguns desconfiam e a maioria talvez ainda ignore que esta rede onde nos encontramos agora navega apenas na superfície tranquila e previsível de um oceano de profundezas desafiadoras.

Você já deve ter percebido que muito assunto que você posta ou busca, seja em blogs ou redes sociais, quando não desaparece por completo cai numa espécie de limbo virtual, difícil de ser achado.

É que empresas comerciais dominantes, como Google, Facebook, Amazon ou Apple, limitam o tráfego pela rede às suas próprias regras e conveniências, além de monitorar tudo o que os internautas fazem.

As gigantes tecnológicas alegam que seus filtros são formas de dar segurança aos usuários, de evitar que crimes sejam cometidos, mas são também uma barreira para a privacidade e para a liberdade de expressão e acesso à informação.

INTERNET INVISÍVEL

Mas esta é apenas a ponta do iceberg. Existe, fora da vista dos navegantes regulares, uma internet escondida, em que não há controle, onde tudo é permitido.

Ela se chama deep web (web profunda): uma região virtual que teria até 400 vezes o tamanho da web visível e onde a privacidade está acima da segurança.

Ou seja: o que o internauta comum consegue enxergar em seu dia a dia de navegação representaria 0,25% do volume de dados que está disponível na rede.

A web profunda, tanto pelo seu lado positivo quanto pelo negativo, desenvolveu-se como uma resposta à internet da superfície, subvertendo as regras da internet tradicional, onde, em tese, temos segurança e conveniência, mas abrimos mão de nossa privacidade.

Na deep web, a segurança fica de lado em favor do anonimato e da liberdade de seus usuários, algo que é o extremo oposto da internet comercial.

SEM CENSURA

Se por um lado ali se encontram as condições ideais para práticas ilícitas, ao mesmo tempo cidadãos comuns, ativistas, ongs e até jornalistas usam a deep web para se comunicar de forma livre da censura ou mesmo discutir assuntos controversos preservando a sua privacidade.

Por causa dessa característica, é lá que organizações como a WikiLeaks e grupos de ciberativismo como o Anonymous atuam, se articulam e publicam seus documentos.

Foi pensando em revoluções, como as da Primavera Árabe, que a deep web teve um papel fundamental para a articulação política de civis que, de outro modo, não poderiam agir livremente por causa do controle dos governos.

EQUIPAMENTOS DE MERGULHO

Para além de seu lado obscuro, a web profunda também possui um grande interesse comercial para uma série de empresas que buscam, em seu imenso conteúdo, informações importantes para seus clientes, sejam eles políticos ou corporações.

O acesso a essas profundezas é feito por programas específicos, que escondem a identidade do usuário. A navegação é mais lenta e segue uma lógica distinta.

Você não encontra um dado na deep web simplesmente procurando uma página no Google e clicando em seu link. É preciso saber o que procurar e como procurar – há, contudo, algumas experiências criadas para facilitar o acesso aos sites.

Em geral, as páginas são simples, sem muitos recursos, mas com muita informação. Com as tecnologias apropriadas, incluindo aí o navegador Tor, é possível buscar referências que o próprio Google não consegue.

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