Cheiro gostoso dos bebês reforça laços afetivos com as mães

TÃO BOM QUE DÁ ATÉ VONTADE DE MORDER

Mãe negra

Aquele cheirinho gostoso dos bebês, que toda mulher identifica tão intensamente (e os homens nem tanto assim), desencadeia nas mães um poderoso mecanismo de dependência associado à dopamina, que reforça a relação maternal.

Este neurotransmissor responsável pelas sensações de prazer faz com que o odor dos recém-nascidos provoque reações imediatas nos receptores cerebrais, tanto de mulheres que são mães assim como daquelas que não têm filhos.

Este foi o principal resultado de uma pesquisa da Universidade de Montreal, no Canadá, com dois grupos de quinze mulheres, expostas ao cheiro dos nenéns, enquanto eram sujeitas a testes de imagens no interior do cérebro.

O primeiro grupo era composto por mulheres que tinham sido mães três ou seis semanas antes do estudo, e o segundo, por mulheres que nunca tiveram filhos. A experiência mostrou como é ativado o circuito neurológico de recompensa.

Nas mães, o cheiro dos bebês disparou os mesmos sistemas neuronais que são ativados quando saciamos uma fome compulsiva ou quando um viciado recebe a sua dose diária de droga. Trata-se, portanto, de saciar um desejo.

Ambos os grupos (mães e mulheres sem filhos) sentiram o odor com a mesma intensidade. Contudo, houve uma maior ativação no sistema dopaminérgico (associado à produção de dopamina) nas mães em comparação às demais.

Em termos da evolução humana, a pesquisa revela que as funções maternais, como amamentar ou proteger, foram reforçadas pelo odor dos recém-nascidos, já que o cheiro típico dos bebês desencadeia respostas motivacionais e emocionais.

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