Brasileiro surfa onda de otimismo comprando objetos de desejo

Brasil - bandeira cor-de-rosa

O FUTURO É COR-DE-ROSA

O Chefe de Redação

Telefone celular, televisão e carro continuam ocupando o topo da lista dos objetos de desejo de um consumidor cada vez mais otimista com a situação econômica do país.

Enquanto o mundo dito desenvolvido arde na crise financeira neoliberal, o brasileiro também transforma em realidade o sonho das viagens pelo Brasil e para o exterior.

E, de quebra, arranja espaço na bagagem para novos gadgets, principalmente notebooks e tablets de última geração.

Este cenário está tão consolidado que a maioria da população, entre 18 e 65 anos, se proclama otimista e planeja mergulhar de cabeça no comércio.

A percepção geral, em todas as classes de renda, é de que a vida melhorou e que vai melhorar ainda mais nos próximos 12 meses.

Já é da natureza do brasileiro um viés mais otimista quanto à vida, mas uma pesquisa do Data Popular no terceiro trimestre confirma que o grau de satisfação está mais alto que a média normal.

“A classe A é mais otimista quando perguntamos sobre o último ano e a as classes C e D apostam mais no futuro”, diz Renato Meirelles, sócio-diretor da consultoria.

VIDA COR-DE-ROSA

Para 93% da população entre 18 e 34 anos, em todas as faixas de renda, o futuro próximo é cor-de-rosa. O percentual também chama atenção entre os brasileiros de 35 a 49 anos (91%) e 50 a 65 anos (84%).

Foram ouvidas 4 mil pessoas, nas ruas de 71 cidades, nas cinco regiões do país.

O otimismo tem fundamento: a renda continua subindo, o desemprego está baixo e há fortes sinais de que o ritmo de expansão da economia em 2013 será maior.

A presidente Dilma tem justamente ancorado a estratégia de expansão da economia com estímulos ao consumo — de carros de passeio a fogões, geladeiras e máquinas de lavar roupa, por exemplo.

O consumidor tem respondido ao chamado com entusiasmo, sem dar a menor bola para as campanhas negativas da velha mídia. Tanto assim que a estimativa dos fabricantes de veículos é de um crescimento de 5% nas vendas deste ano, em relação a 2011.

COMÉRCIO COM CRESCIMENTO CHINÊS

O presidente da Electrolux na América Latina, Ruy Hirschheimer, espera um Natal com vendas entre 8% e 10% maiores no país. Isto equivale ao crescimento chinês.

Fabricantes de produtos de higiene, cosméticos, limpeza doméstica – como a brasileira Natura e as multinacionais Unilever e Procter & Gamble – já vêm registrando expansão nas vendas e anunciaram resultados expressivos no terceiro trimestre no país.

E mesmo as varejistas de moda – Renner, Arezzo e Marisa, por exemplo -, que haviam mostrado balanços mais fracos no segundo trimestre, voltaram a mostrar desempenho vigoroso de julho a setembro.

A marolinha da inadimplência do consumidor, tão amplificada pela grande imprensa a ponto a inibir novas compras neste ano, dá sinais evidentes de recuo. A maré agora é outra.

Meirelles, do Data Popular, vai apresentar a pesquisa no 1º Fórum Novo Brasil: Vozes da Classe Média, na próxima semana em São Paulo.

No Luis Nassif Online

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