A quem interessa mais juros e aumento do desemprego no Brasil?

QUEM GOSTA DE GANHAR SEM TRABALHAR

Eu amo o meu trabalho

Todos sabem que boa parte do grande empresariado é antidesenvolvimentista porque prefere trabalhar menos e compensar a queda no faturamento com especulação, sonegação e aplicações financeiras.

Já os pequenos e microempreendedores – os maiores empregadores do País – dependem do aumento do consumo e, consequentemente, da produção para garantir a sua subsistência e o próprio negócio.

Daí não surpreender a ninguém a defesa pelos grupos de comunicação, porta-vozes dos conservadores, da adoção de “medidas impopulares” para combater uma inflação que, por sinal, nunca esteve tão baixa.

Por isso, neste período eleitoral, o debate econômico no Brasil tem focado fortemente na pretensa necessidade de se aumentar o desemprego e achatar os salários. Será mesmo esse o melhor caminho?

E mais: será que alguém ainda se lembra que o mundo continua a enfrentar uma grave crise neoliberal, iniciada em 2008, com diversos efeitos deletérios na economia global, dentre os mais importantes deles está o aumento da taxa de desemprego?

Desde aquela época, várias economias entraram em espiral descendente que se retroalimenta: o consumo se contrai e há um forte impacto fiscal causado pela queda do crescimento e da arrecadação.

Tudo contrabalançado por pressões do “mercado”, com políticas de austeridade, o que reduz ainda mais a demanda e eleva o desemprego. O movimento pode ser observado claramente no gráfico a seguir.

Comparação do Brasil com o resto do mundo

Este não foi o caso do Brasil, que, além de apostar num modelo de crescimento que privilegia a distribuição de renda, construiu as bases para poder utilizar políticas macroeconômicas anticíclicas.

E o gráfico só confirma o sucesso de tais políticas no momento mais agudo da crise – fato inédito na história econômica brasileira, que os analistas ortodoxos se recusam a admitir publicamente.

Dois fatos são notáveis. O primeiro é que o Brasil está, hoje, no seleto grupo de países que ostentam as menores taxas de desemprego do mundo.

O segundo ponto é que mais da metade dos países analisados ainda está com níveis médios maiores na taxa de desemprego e sem soluções à vista.

Repetindo, não é o nosso caso: mais do que conseguir manter o índice de desemprego nos patamares anteriores à crise, o Brasil foi o país que obteve melhor resultado em termos de redução das taxas.

Enquanto isso, outras economias buscam fórmulas milagrosas para lidar com as mazelas do desemprego. Bastava que fizessem estrategicamente o que estamos fazendo aqui há tantos anos.

Como diz um antigo provérbio romano, atribuído ao imperador Otávio Augusto, “quando você sabe para onde ir, todo vento ajuda. Da mesma forma, quando você não sabe, nem ventania adianta”…

Aumento da renda do trabalhador

Com Brasil Debate

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