Vidro do Deserto da Líbia foi formado pelo impacto de um cometa

A MISTERIOSA JOIA DO FARAÓ TUTANKAMON

Hypatia

Um dos mistérios mais cabulosos da ciência é a Hypatia, intrigante resultado da fusão de areia a altas temperaturas, mais conhecida como Vidro do Deserto da Líbia.

Trata-se de uma pequena “pedra” incomum, encontrada a partir do sudoeste egípcio e se espalhando por dezenas de quilômetros do território líbio, no norte da África.

Apesar de controversa, sabe-se que a origem do vidro opaco-esverdeado está relacionada a um evento extremo de aquecimento da superfície há uns 28 mil 500 anos.

Escaravelho

Sua fama consolidou-se em 1922, com a descoberta da tumba do faraó Tutankamon. Entre as 5 mil peças do tesouro, achava-se o escaravelho esculpido numa Hypatia.

A partir daí começou uma busca frenética pelos fragmentos esparramados no deserto. De modo geral, acabam ornamentando pingentes na sua forma angular original.

Muitos geólogos associam esta formação vítrea a uma mistura do quartzo derretido com metais ejetados num espetacular impacto de um grande asteroide ou meteorito.

Hypatia

Esta teoria é contestada pelos físicos, pois, se fosse esse o caso, o vidro seria análogo ao trinitite, criado pela areia exposta à radiação térmica de uma explosão nuclear.

Enquanto o calor que criou o vidro prossegue como fonte de debate científico, um novo estudo sugere que o material tenha sido o resultado do impacto de um cometa.

E por que um cometa? É que numa amostra foi encontrada uma mistura de elementos minerais cuja origem fica bem distante do cinturão de asteroides do nosso sistema solar.

Hypatia

Pista seguida a partir do BoingBoing

Um comentário em “Vidro do Deserto da Líbia foi formado pelo impacto de um cometa

  • 3 de outubro de 2016 em 17:58
    Permalink

    As teorias de que o silicato amareloesverdeado, descrito como trinitrina no deserto da Líbia necessitam re-estudo, poia impacto de meteoritos e cometas geram elevadas pressões e temperaturas não tão acentuadas. A água volatiliza sob temperaturas superiores a 100°C a pressões ambientais. Entretanto a fusão ocorrida para gerar o vidro do deserto verde necessita de temperaturas superiores a pressão normal. Calor latente gerado por emanações vulcânicas espasmódicas pode “derreter” ou cientificamente descrito por fusão de sílica na superfície produzida por emanação vulcânica latente que produz a reação da sílica com H2O que auxilia sua dissolução. Essas emanações vulcânicas abortadas produzem temperaturas capazes de manter temperaturas elevadas na superfície que reagindo com a água podem dissolver a sílica, absorver limitadas quantidades de Fe e produzir as “pedras” verdes utilizadas como joia.

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