Um tesouro de milhões encontrado numa feirinha de antiguidades

TERCEIRO OVO DE OURO DE CARL FABERGÉ

Ovo de ouro com relógio

No cinema, vilões e mocinhos tentaram, entre tapas e tiros, invadir cofres inexpugnáveis para roubar os ovos de ouro que o lendário joalheiro Carl Fabergé produziu para a dinastia russa dos Romanov.

São memoráveis as atuações de Roger Moore, em 007 contra Octopussy; Morgan Freeman e Antonio Banderas, em Jogo Entre Ladrões; e George Clooney e Brad Pitt, em Doze Homens e Outro Segredo.

Um comprador de sucatas teve bem menos trabalho – e muita sorte – para encontrar o seu. Bastou comparecer a um mercado de pulgas em alguma cidade do meio-oeste dos EUA, na hora e dia exatos.

O  sujeito, não-identificado, arrematou a velha peça amarela exposta numa banca da feirinha por 13 mil dólares (R$ 30 mil). Seu interesse era apenas pelo valor do ouro e pedras preciosas incrustradas.

Só depois de pesquisar é que descobriu tratar-se de um objeto histórico, avaliado em 33 milhões de dólares (mais de R$ 77 milhões). “Foi como se Indiana Jones encontrasse a Arca Perdida”, comparou Kieran McCarthy, o auditor que certificou a descoberta extraordinária.

Ovo de ouro Fabergé

E o que este ovo ornamental tem de tão especial? Ele é o terceiro de mais de 50 peças desenhadas por Carl Fabergé para a família real russa, a pedido de Maria Feodorovna, esposa do czar Alexandre III.

Fabergé (1846 -1920) era um joalheiro de origem franco-dinamarquesa, conceituado entre a nobreza europeia pela confecção de obras com motivos de arranjos florais, grupos humanos e animais.

Foi a imperatriz quem deu início à tradição de oferecer na Páscoa os ovos entre os membros da corte. Cada um deles deveria ser único e conter uma surpresa, como relógios e joias com pedras valiosas.

Após a Revolução Russa todos os ovos foram apreendidos pelos bolcheviques e a maioria vendida para o Ocidente. Oito estão desaparecidos e só três sobreviveram à Revolução – incluindo este agora.

Ele contém um relógio Vacheron Constantin e tinha sido visto pela última vez em uma exposição em São Petersburgo, em março 1902. De lá para cá, só se sabia que foi leiloado em Nova York, em 1964.

Ovo de ouro Fabergé

Completo no Daily Mail

2 comentários em “Um tesouro de milhões encontrado numa feirinha de antiguidades

  • 19 de março de 2014 em 19:09
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    Dá vontade de começar a freqüentar as feirinhas das pulgas nos EUA. Há um certo tempo uma dona-de-casa comprou por 7 dólares um Renoir minúsculo de cerca de 20 x 15cm e que foi avaliado em mais de um milhão de dólares. Há outras histórias interessantes envolvendo objetos valiosíssimos encontrados ao acaso em porões, sótãos e briques naquele país.

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    • 19 de março de 2014 em 20:31
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      Verdade, Fernando, mas nós próprios já encontramos algumas raridades em cidadezinhas do interior de Minas, sendo que os proprietários não tinham a menor consciência do valor, aceitando qualquer coisa em troca. Por aqui também temos muitos tesouros dando sopa.

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