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O CHEFE DE REDAÇÃO
A direita, seguidamente derrotada nas urnas, está sempre em busca de uma crise política salvadora, que a leve ao poder, pelo golpe inclusive, já que pelo voto não o consegue.
A infâmia, a mentira, a calúnia, são, no caso, preços moralmente irrelevantes que a reação brasileira está disposta a pagar para ‘varrer a era Lula’.
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O CHEFE DE REDAÇÃO
Para criticar a presidenta Dilma, a velha mídia move uma campanha implacável contra Lula.
Comentaristas ferozes empenham-se em uma batalha similar às arenas romanas, onde a vitória não será do mais ponderado mas do que melhor agredir o inimigo.
É a grande noite do cachorro louco, uma selvageria com paralelo nas vésperas do golpe de 64.
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O CHEFE DE REDAÇÃO
A armação, combinada, vem de longa data: na sexta-feira, a revista Veja inventa um factoide para ser repercutido à noite no Jornal Nacional.
No dia seguinte, os jornais O Globo e Folha de S.Paulo reforçam o esquema com manchetes espalhafatosas.
E, ao longo da semana, toda a mídia conservadora martela o assunto à exaustão.
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A mídia demotucana arranca numa escalada preventiva vertiginosa através do incessante centrifugador de carniça de quatro hélices: Veja-colunistas-bancada demotucana-Procuradoria Geral da República.
A meta é criminalizar forças que não derrotam na urna há três eleições presidenciais — e para as quais arriscam perder de novo em 2014.
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Sem as tetas generosas do governo ao qual achincalham por encomenda, todas as ‘portentosas’ instituições da mídia golpista e seus zelosos colunistas, lacrimosos paladinos da liberdade de expressão e do livre mercado, iriam à bancarrota.
Todas, sem exceção.
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A sede da ultradireita no Brasil não é um partido político, mas a grande mídia.
Os partidos políticos (PSDB, DEM, PPS e, conforme soprem os ventos, o PMDB) são apenas instrumentos de um centro de poder exterior a eles.
A principal ferramenta é a denúncia seletiva e as campanhas orquestradas de difamação.
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