Plantas bioluminescentes ainda vão iluminar ruas e avenidas

ILUMINAÇÃO BIOLÓGICA EM VIAS PÚBLICAS

Lâmpadas vegetais

Imagine um cenário noturno, com avenidas cheias de árvores e arbustos luminosos, como nas decorações natalinas — só que sem fios enrolados aos troncos e nem lampadinhas coloridas.

É verdade, plantas bioluminescentes que funcionem como “lâmpadas” em via públicas, por mais estranho que possa parecer, poderão ser uma realidade em menos tempo do que pensamos.

Graças a uma iniciativa do Kickstarter, os cientistas procuram substituir a forma tradicional de iluminação, obtida a partir do consumo de eletricidade, por um sistema mais eficiente baseado em biologia sintética, engenharia genética e biotecnologia.

Como se sabe, todas as coisas vivas armazenam em seu DNA as instruções genéticas necessárias ao seu desenvolvimento.

Durante cerca de 40 anos, temos sido capazes de manipular o genoma (conjunto de genes de um dado organismo) de diferentes seres vivos, de uma forma controlada em laboratório, através das técnicas de engenharia genética e dos avanços na biotecnologia.

No entanto, por milhares de anos, essas modificações genéticas têm ocorrido por meio de técnicas não controladas, como a auto-seleção de determinadas culturas e outras ações nas áreas da agricultura e da pecuária.

GENES DE INTERESSE

A proposta agora é baseada em técnicas de engenharia genética que incorporam avanços da biologia sintética.

A partir do aproveitamento de um tipo de bactéria que pode ser fluorescente, o Vibrio fischeri , um “primo” do organismo causador do cólera, no qual uma investigação anterior (Universidade de Cambridge) identificou genes que podem ser de interesse.

Genes de interesse são a parte do genoma da bactéria que poderá ser usada para manipular geneticamente as plantas escolhidas para a experiência.

Avanços na biologia ajudarão a resolver alguns problemas da sociedade moderna, como o grande consumo de energia e, com isso, reduzir as emissões de gás carbônico (o que pode atenuar o problema das mudanças climáticas).

Embora, como se avalia atualmente, as plantas projetadas ainda venham a apresentar um nível de fluorescência baixo para servir como ferramentas de iluminação.

Vai demorar alguns anos para a execução do projeto chegar a um bom termo, mas este é certamente um grande começo.

Visto no EntreMentes

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