Há 100 milhões de anos resina capturou aranha atacando vespa
AZAR PRÉ-HISTÓRICO
Do blog ECOnsciência
Por um capricho da natureza ancestral, os dois bichinhos deram azar: a vespa que caiu na teia e a aranha que não teve tempo de saborear a suculenta refeição.
Encontrado recentemente, o fóssil raro preservou como uma cápsula do tempo o momento macabro ocorrido há 100 milhões de anos, no Cretáceo pós-Jurássico: uma aranha prestes a atacar sua presa.
“Era uma vespa que de repente se viu presa em uma teia de aranha”, conta o pesquisador George Poinar, da Universidade Estadual do Oregon em Corvallis, nos EUA, que agora estuda o achado.
“Este era o pior pesadelo da vespa, e jamais terminou. Ela estava vendo a aranha prestes a atacá-la, quando a resina de uma árvore escorreu e capturou ambas”. Para sempre.
Além do terror da pobre vespa, o âmbar encapsulou uma outra situação curiosa: na mesma teia, havia uma segunda aranha, e ambas eram machos – vale lembrar que os aracnídeos não são conhecidos por serem amigáveis com seus visitantes (mesmo que sejam da mesma espécie).
De acordo com os pesquisadores, esta é a mais antiga evidência de comportamento social entre essa espécie animal.
Em tempo: foi uma pesquisa de Poinar (que buscou extrair e sequenciar DNA de dinossauro a partir de fósseis de âmbar) que inspirou Michael Crichton a escrever Jurassic Park – o livro que deu origem ao filme de ficção.
Com HypeScience