Greenpeace denuncia cientista corrupto que nega aquecimento global

Navio no deserto

 O MAR VAI VIRAR DESERTO

O que você vai ler a seguir é mais uma prova de que devemos ter o máximo de precaução antes de sair por aí repetindo sem senso crítico tudo o que dizem ou escrevem certos “especialistas” nos veículos da velha mídia. Se for ao ar na Globo e publicado na Veja ou Folha de S.Paulo, aí amig@, o cuidado deve ser redobrado. É que estas empresas, com seus interesses econômicos em contraposição ao interesse público, nunca dão ponto sem nó. Não se iluda jamais quanto a isto.

Do blog ECOnsciência

CIENTISTA ‘CÉTICO’ ERA FINANCIADO PELOS MAIORES POLUIDORES

Até ser apanhado por uma investigação arrasadora do Greenpeace, nos EUA, Willie Soon era um dos cientistas mais conceituados a negar que as emissões de CO2 estivessem na origem das alterações climáticas. Ele frequentava, como um popstar, os principais noticiários norte-americanos.

Agora ficou-se sabendo que, na verdade, o pilantra adorava dinheiro e recebeu mais de um milhão de dólares das indústrias poluentes para contrariar o ponto de vista aceito pela comunidade científica internacional.

“A investigação mostra que o Dr. Soon recebeu financiamento substancial das indústrias de combustíveis fósseis durante a maior parte da sua carreira e recursos financeiros importantes de outras grandes empresas na última década”, diz o relatório da Greenpeace.

“Desde 2002, todas as novas bolsas que recebeu tiveram origem nas indústrias altamente poluentes do carvão e do petróleo”, acrescenta o relatório.

Indústrias poluidoras

Entre as companhias que mantinham o cientista ao longo da sua carreira na folha de pagamentos estão o American Petroleum Institute — considerado o coração do lobby que nega as alterações climáticas –, petrolíferas como a Exxon/Mobil e a Texaco, ou a Southern Company, gigante mundial da produção elétrica a carvão.

Mas também a Free to Choose Network, fundada por Milton Friedman, um dos pais do neoliberalismo, e associada às indústrias de tabaco — entre estas a poderosa Philip Morris –, que pagou um estudo de Soon e um vídeo “educativo” para mostrar que o sol é mais responsável pelas alterações climáticas do que a ação humana.

O Greenpeace descobriu também que Willie Soon tentou coordenar com outros cientistas um plano para desacredibilizar o relatório do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas em 2003. Por esta ação, o relatório que viria a mudar a percepção do mundo sobre a catástrofe ecológica iminente só foi publicado em 2007, portanto com enorme atraso.

O corrupto Willie Soon

A maior parte do dinheiro recebido foi justificado como apoio à investigação sobre o sol e as mudanças climáticas no Ártico, tentando provar que estas se devem à variação solar e não à poluição que resulta da ação humana.

Foi exatamente Willie Soon que escreveu em parceria o célebre artigo que em 2007 defendia que o urso polar não estava mais ameaçado de extinção, uma vez que a diminuição do gelo no mar do Ártico era muito menor que o que outros estudos demonstravam.

O “estudo” de Soon tinha sido rejeitado por várias revistas científicas e sabe-se agora que teve como principais financiadores a Exxon-Mobil, a Fundação Koch e o American Petroleum Institute.

Enquanto o Ártico se desfaz agora a olhos vistos, o laço aperta em torno do pescoço do midiático spin doctor — mestre nas artes da embromação.

Fonte

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Blog ECOnsciência Inovadora


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