Economia é controlada por empresas que não produzem nada

147 PARASITAS DRENAM 40% DAS RIQUEZAS

Mar de lama e corrupção

O Chefe de Redação

Pesquisadores da Suíça — de onde mais? — destrincharam a cadeia mundial de multinacionais, agrupando mais de 30 milhões de empresas e instituições do mercado financeiro e econômico.

Eles chegaram a uma síntese, ao supra-sumo de uma rede de 43.060 multinacionais. Foi usada uma base de dados da OCDE — Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico.

Suas relações de força mútuas foram também reconstituídas conforme a perspectiva da propriedade: uma empresa que possui mais de 50% de ações de uma outra foi considerada como detentora do controle acionário dessa última.

A rede parece deter uma estrutura geral bastante comum nos sistemas naturais: certos atores são pontos de convergência de poder, ao passo que outros estão apenas na periferia e exercem somente um baixo nível de controle sobre os outros.

Este fenômeno, conhecido como “o rico fica mais rico” não espantou os pesquisadores. Um ator de grosso calibre econômico atrai forçosamente os recém-chegados.

O que surpreendeu mais foi a descoberta de um outro fenômeno conhecido como “o clube dos ricos”.

No centro desta rede, encontram-se 1.318 empresas que parecem mais fortemente conectadas entre si e formam um núcleo central. Este núcleo detém a maioria (60%) da indústria mundial, em consequência dos lances no mercado acionário.

Agora, o pior: 147 empresas estão ainda mais interconectadas e “dirigem” o núcleo. Este 1% da totalidade do mercado mundial controla, sozinho, quase 40% do coração da economia atual.

Mas quais são essas empresas? O que produzem? Pois bem, elas não produzem absolutamente nada fisicamente. Trata-se de intermediários financeiros.

E quem se encontra entre elas? Ora, os velhos nomes bastante conhecidos nesses tempos bicudos de crise capitalista: Barclays, JP Morgan, Goldman Sachs…

A questão inicial colocada por esse trabalho científico era determinar se havia uma “cabeça” no sistema financeiro atual. O núcleo descoberto pelos pesquisadores se pareceria bastante com essa “cabeça”.

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