Alegria, solidariedade e luta. É Dia Internacional da Mulher

Dia Internacional da Mulher

MEMÓRIAS DE ALGUNS MARÇOS

A Cachaça da Happy Hour

Marços se sucedem.

O de hoje, tempo de crise econômica no planeta, desigualdades ainda persistentes, mas marcado por um ímpeto de mudança partilhado por muitas mulheres e também homens, cada vez mais compartilhado, cada vez mais muitas. Cada vez mais concreta e simbolicamente, a Marcha Mundial de Mulheres o vai expressando.

8 de Março, dia de união, de mãos dadas, juntas. Mãos de mulheres em volta do mundo, num longo cordão umbilical de vida… Em todos os dias de Março.

Cronologia de alguns Marços:

8 de Março de 1857 – Em Nova York operárias têxteis, pela primeira vez, fazem greve e vão às ruas para exigirem a redução do tempo de trabalho de 16 para 10 horas por dia e salários iguais aos dos homens.

8 de Março de 1909 – Manifestação reúne milhares de mulheres em Nova York. Reivindicam outras condições de vida e exigem direito de voto.

1910 – No Congresso Internacional das Mulheres Socialistas em Copenhagen, Clara Zetkin propõe que o 8 de Março se torne Dia Internacional da Mulher. “Em nome das nossas irmãs americanas, para exigir nossos direitos, e exprimir a solidariedade e o amor pela paz que nos unem”.

1911 – O Congresso da II Internacional Socialista aprova a proposta de Clara Zetkin.

8 de Março de 1911 – Mais de um milhão de mulheres celebram este dia: na Alemanha (só em Berlim fizeram-se 42 “meetings”, que reuniram 50.000 mulheres), na Áustria, na Dinamarca etc. Em Paris, Alexandra Kolontai organiza uma manifestação de mulheres.

8 de Março de 1914 – Na França e Alemanha fazem-se manifestações contra a guerra e pela libertação de Rosa Luxemburgo.

8 de Março de 1915 – Enquanto Alexandra Kolontai organiza uma manifestação contra a guerra, em Berna Clara Zetkin faz uma conferência de mulheres socialistas. Paralelamente, mulheres russas, italianas, francesas, polonesas, alemãs, holandesas e inglesas, apelam contra os conflitos armados, em plena Guerra Mundial.

8 de Março de 1917 – As mulheres de Petrogrado descem em massa às ruas para reclamar pão ao fim da guerra. Convidam o povo a unir-se a elas e a cidade subleva-se. Será o princípio da revolução de Fevereiro.

8 de Março de 1925 – Em Paris, 5.000 mulheres reunidas na “Grange aux Belles” protestam contra a guerra colonial no Marrocos.

8 de Março de 1937 – Mulheres manifestam-se na Espanha contra o franquismo.

8 de Março de 1943 – Mulheres manifestam-se em Itália contra o fascismo de Mussolini.

8 de Março de 1945 – A União das Mulheres Francesas, criada pelas mulheres comunistas da resistência, organiza pela primeira vez uma manifestação de mulheres.

8 de Março de 1970 – 13 mulheres guerrilheiras Tupamaras escolheram o 8 de Março para fugir da prisão em Montevidéu (Uruguai).

8 de Março de 1971 – Em Portugal as mulheres comemoram este dia fazendo um piquenique, onde foram atacadas pela repressão política.

8 de Março de 1974 – Mulheres vietnamitas manifestam-se em Saigon contra a ocupação americana.

8 de Março de 1975 – Pela primeira vez em Portugal as mulheres puderam livremente comemorar o Dia Internacional da Mulher.

8 de Março de 1977 – Na Espanha as mulheres comemoraram em liberdade o seu dia. Desde 1937 que o franquismo não o deixava fazer.

8 de Março de 1980 – Na Itália as mulheres organizam inúmeras festas, manifestações; projetam filmes, encenam teatro de rua. A revista “Noi Donni” faz um número duplo quase só dedicado ao tema: “Os anos 70 e a luta das mulheres”.

8 de Março de 1982 – As mulheres francesas lutam para que o 8 de Março se torne feriado nacional na França.

E outros Marços se sucederão…

Com Esquerda.Net

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