Uso de rede social em horário de trabalho faz bem à empresa

MAIOR PRODUTIVIDADE DOS FUNCIONÁRIOS

Redes sociais de antigamente

Quem se ocupa do monitoramento de tráfego na internet sabe que o horário de pico das visitas a sites e redes sociais se estende das 9 da manhã às 18 horas. É quando o couro come na Web.

Ou seja, a navegação pesada acontece exatamente no período tradicional do expediente. É natural: a galera aproveita a banda larga no serviço que, muitas vezes, não tem em sua própria casa.

Mas ao contrário do que muitos patrões poderiam imaginar, este hábito não significa necessariamente uma distração: em vez disso, pode até aumentar a produtividade dos funcionários no emprego.

A conclusão é de um novo estudo britânico, que revela que as muitas formas de comunicar tornam as pessoas bem mais eficientes e flexíveis quanto ao local e o modo de trabalhar.

A investigação, desenvolvida na Warwick Business School, no Reino Unido, provou que a diversidade de dispositivos digitais e redes sociais ajuda as pessoas a trabalhar em vez de as prejudicar.

“A conectividade digital, que é ‘onipresente’, altera o sentido de presença dos trabalhadores, ajudando-os a completar com sucesso e de forma mais eficaz as tarefas coletivas”, ressalta a pesquisa, que será publicada em setembro na revista científica Information Systems Journal.

O estudo indicou também que esta conectividade traz aos trabalhadores uma maior “latitude” e um controle mais amplo em relação aos prazos e à localização do trabalho.

Graças à flexibilidade oferecida pelas redes sociais, o emprego deixa de ficar restrito ao horário “das nove às seis” e passa a envolver tarefas feitas “fora do horário”, quando os profissionais se comunicam com outros colegas de todo o mundo através da Internet.

Segundo Joe Nandhakumar, coordenador do levantamento, “a quantidade de informação que está agora na ponta dos dedos dos trabalhadores modernos não deve significar que eles estão sobrecarregados, mas sim que se tornaram mais poderosos”.

De acordo com o especialista, em vez de adotar acriticamente as crenças populares de que o mundo digital é algo disruptivo, as organizações deveriam “analisar mais profundamente” os seus benefícios.

“As empresas devem equipar melhor seus funcionários para que possam ganhar mais poder de administrar o seu tempo e a sua produtividade neste novo ambiente”, conclui.

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