Robô-tartaruga é criado para entrar no interior de navios naufragados

PROPULSÃO POR SISTEMA DE BARBATANAS

Apesar do nome meio felino e de ser projetado para funcionar debaixo d’água, o nado desengonçado do robô U-Cat é totalmente inspirado no princípio de locomoção das tartarugas marinhas.

A intenção dos pesquisadores da Universidade Tallinn, na Estônia, foi construir um pequeno robô manobrável, para que ele possa entrar e investigar o interior de embarcações naufragadas.

Robô Tartaruga U-Cat

A engenhoca leva uma câmera, e as imagens de vídeo podem ser usadas para reconstruir o ambiente virtualmente, permitindo a identificação de objetos e o planejamento de missões de mergulhadores.

Os propulsores tipo barbatana do U-Cat são capazes de guiar o robô em todas as direções sem causar turbulências que possam turvar a água com a suspensão de partículas ou lodo dos leitos oceânicos.

Até agora, todos os robôs submarinos convencionais só usam sistemas de hélices para propulsão, o que contribui para prejudicar as imagens e diminuir a visibilidade dentro dos restos dos naufrágios.

É este promissor nicho de pesquisas científicas e investigações comerciais que o novo robô-tartaruga pretende ocupar.

ROBÔS BIOMIMÉTICOS

O uso de um mecanismo similar às tartarugas inclui o U-Cat na categoria dos robôs biomiméticos – equipamentos inspirados em animais ou plantas, que procuram tirar proveito da “criatividade da natureza” para resolver problemas técnicos.

Existem inúmeros tipos de robôs submarinos, usados em pesquisas científicas, na exploração petrolífera e na instalação e inspeção de cabos submarinos de telecomunicações.

Mas todos são grandes demais para explorar o interior de navios naufragados. E enviar mergulhadores nem sempre é viável, sobretudo pelo risco de entrar em embarcações que podem estar há mais de um século no fundo do mar.

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