Preta Gil reage a agressão do deputado racista Jair Bolsonaro

Racismo e homofobia

‘FUI INJUSTAMENTE AGREDIDA’

O Chefe de Redação

A cantora Preta Gil afirmou, durante lançamento oficial da 15ª Parada Gay de São Paulo na noite de quarta-feira, 30, que foi injustamente agredida pelas declarações do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ).

“Passei nos últimos dias por um terror. Fui injustamente agredida por um político que não só me agrediu, mas a todos que são negros, gays ou que são os dois. Eu, no meu caso, sou uma mulher negra, gay e feliz”, disse a cantora.

No quadro “O Povo Quer Saber”, do programa “CQC”, da TV Bandeirantes, exibido na segunda-feira (28), Preta Gil fez uma pergunta, previamente gravada, sobre qual seria a reação dele se seu filho se apaixonasse por uma negra.

O parlamentar, que tem um extenso histórico de polêmicas relacionado a direitos civis e humanos, respondeu: ‘Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu.’

Bolsonaro alegou não ter tido a intenção de fazer nenhuma declaração racista. Disse que, na realidade, pensou que a pergunta se referisse a um relacionamento gay. “Essa se encaixa na resposta que eu dei. Para mim, ser gay é promíscuo, sim”.

Deputado racista

Na noite da última terça-feira (29), deputados encaminharam representação para que o deputado seja investigado pela Corregedoria da Câmara por quebra de decoro parlamentar, por causa dos comentários supostamente racistas.

A representação também será levada ao Ministério Público e à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Ao passar pelo velório do ex-vice-presidente José Alencar, na tarde de quarta-feira, Bolsonaro voltou a fazer ataques a homossexuais, à cantora e até ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

“Eu estou me lixando para esse pessoal aí”, disse ele, referindo-se a quem o chama de homofóbico.

“Agora criaram a Frente Gay [na Câmara]. O que esse pessoal tem para oferecer? Casamento gay? Adoção de filhos? Dizer pra vocês, que são jovens, que se tiverem um filho gay é legal, vai ser o orgulho da família? Esse pessoal não tem nada para oferecer”, disse ele.

Bolsonaro voltou a dizer que a declaração sobre Preta Gil ocorreu por ele não ter entendido a pergunta. “Eu fui entrevistado por um laptop, respondi a um laptop”, disse.

Perguntado se é homofóbico, o deputado disse que não tem nada “pessoal” contra gays. “Cada um faz o que quer com esse corpinho cabeludo entre quatro paredes”.

Ao falar da cantora Preta Gil e de uma possível ação dela na Justiça, Bolsonaro citou publicações do blog da artista. “Que exemplo ela tem de vida para dar para todos nós para falar de ética?”, afirmou.

Ataques a cantora Preta Gil

Via Luis Nassif com charge de Latuff – a imagem que abre o post é um wallpaper

* * *

O Chefe de Redação

6 comentários em “Preta Gil reage a agressão do deputado racista Jair Bolsonaro

  • 24 de outubro de 2017 em 15:20
    Permalink

    Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu.’
    Cada um em entende como quer.
    Discutir promiscuidade ao meu ver, é o assunto proposto por ela.
    Porque todo mundo faz questão de usar as diferenças para denegrir alguém?
    Vamos falar então do preconceito que vcs tem contra militares, polícias é outros.
    Isso não é preconceito?
    Só é o que lhes interessa?

    Resposta
  • 21 de janeiro de 2012 em 03:58
    Permalink

    Ele não falou nada racista, so deu a opinião dele sobre o caso homossesual. E antes que falem alguma coisa eu não sou caucasiano sou pardo. Isso mesmo, pardos tb podem ser Conservadores, e não antes qye falem eu não sou evangelico sou ateu.

    Resposta
  • 31 de março de 2011 em 13:40
    Permalink

    Meus Deus!
    Tanto estudo pra que? Uma pessoa dessa é digna de pena.

    Resposta
  • 31 de março de 2011 em 12:43
    Permalink

    Na semana que os direitistas comemoram o aniversário do golpe militar de 31 de março de 64, esse ex-capitão paraquedista (considerado INDIGNO como oficial para integrar os quadros do exército pelo próprio General Leônidas Pires) busca os holofotes para as suas pregações extremistas. Perder o mandato é pouco, tinha que pegar logo uma cana dura e virar “madame” na penitenciária.

    Resposta
  • 31 de março de 2011 em 11:31
    Permalink

    Falar sem pensar ousem saber se expressar…só da nisso mesmo!
    Uma pena ele não saber lidar com todas as raças.
    Tão bem estudado ;/ tadinho

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *