UMA GAIVOTA POR CONTA DO BICHO SOLTO

Do blog ECOnsciência

Exibindo as verdades mais brutais do darwinismo, uma insolente gaivota atacou uma pomba branca da paz lançada pelo Papa Bento XVI de sua janela sobre a Praça de São Pedro, no Vaticano. Mamma mia, foi um auê na mídia!

Aconteceu na semana passada quando o sumo pontífice falava para uma multidão de católicos, como parte do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, em homenagem aos milhões de mortos em campos de concentração nazistas.

Ele tinha acabado de rezar a oração do Angelus, quando lançou duas pombas para fora da janela de seus aposentos. No entanto, não demorou muito para que uma delas fosse atacada por uma gaivota agindo como ave de rapina.

A pomba cerimonial conseguiu escapar, em meio a palavras de louvor do próprio Papa, mas levantou uma série de dúvidas sobre a atitude de sua invocada oponente.

Apesar do seu comportamento aparentemente tranquilo e arredio nas praias, na verdade as gaivotas são animais selvagens e naturalmente muito agressivos. E quando se trata de comida, ninguém saberia dizer com certeza o que são capazes de fazer para conseguir esse alimento.

“Portanto, é bem provável que uma gaivota, para satisfazer sua necessidade banal de comida, possa atacar inclusive um pombo papal”, esclareceu o célebre cientista inglês Paul Stancliffe, em nome da British Trust for Ornithology.

“A agressão foi praticada pela gaivota-do-cáspio (Larus cachinnans). São precisamente as aves desta espécie que agridem com mais frequência os pombos mediterrâneos”, considera o doutor em ciências biológicas Serguei Kharitonov, um dos ornitólogos mais conhecidos da Rússia e perito sênior do Instituto de Problemas da Ecologia e Evolução pertencente à Academia das Ciências da Rússia.

O especialista confirmou que, na realidade, as gaivotas costumam atacar pombos, mas as chances de vitória em um duelo franco e aberto são bastante remotas.

Com Voz da Rússia