Montadoras de carros de luxo apostam todas as fichas no Brasil

Automóvel de Luxo

SEDUZINDO OS NOVOS RICOS

Do blog HotGaragem

Com o vigoroso crescimento econômico de anos recentes, o Brasil entrou definitivamente na era dos carrões esportivos de luxo, com preços acima de R$ 1 milhão e lá vai fumaça (de dinheiro torrado).

Desde outubro, quando abriu sua loja em São Paulo, a primeira na América Latina, a Rolls Royce vendeu duas unidades do Ghost, por R$ 2,3 milhões cada. Só com o valor pago pelos dois modelos daria para comprar 216 Ford Ka 1.0.

Mesmo com a alta de 30 pontos porcentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para importados, os superesportivos cujos preços passam dos três dígitos – Bentley, Ferrari, Lamborghini e Maserati – venderam 84 unidades de janeiro a outubro, volume muito próximo ao de igual período do ano passado, de 86 unidades.

EDIÇÃO LIMITADA

O Brasil também entrou na lista de selecionados para receber edições limitadas de veículos, um privilégio de poucos consumidores. O País ficou com dois Audi R8GT Spyder, série especial que terá apenas 333 unidades vendidas no mundo todo. Aqui, o preço é de R$ 1,2 milhão.

Das 500 unidades do Lexus LFA que serão colocadas no mercado global em 2013, uma virá para o País. O interessado vai pagar R$ 2,9 milhões pela raridade. O esportivo é todo feito em fibra de carbono de alta resistência e montado artesanalmente na fábrica do grupo no Japão.

A Mercedes-Benz, dona da marca AMG, reservou ao Brasil uma das cinco unidades da edição especial do superesportivo SLS AMG GT3 que serão produzidas na Alemanha. O preço local deve ficar em R$ 1,2 milhão.

Carro para Novo Rico

No ano passado, a MG produziu somente duas unidades do SLS Desert Gold, cuja pintura tinha mistura de ouro em pó. Uma delas foi vendida no Oriente Médio e a outra no Brasil, a preços não revelados.

ASIÁTICOS DE OLHOS BEM ABERTOS

As fabricantes japonesas também decidiram apostar no segmento de carros de luxo no Brasil, até agora dominado por empresas europeias, especialmente as alemãs.

Depois de Honda e Toyota, que estão trazendo as marcas Acura e Lexus, a Nissan anunciou ontem a chegada ao País da Infiniti, sua marca top, com veículos na faixa de preço de R$ 150 mil a R$ 300 mil.

De olho numa classe de consumo ainda pequena, mas em ascensão, a Nissan escolheu o Brasil como primeiro mercado da América do Sul a receber carros da Infiniti, patrocinadora da equipe Red Bull, do piloto de Fórmula 1 Sebastian Vettel.

Atualmente, a marca é vendida em 42 países, entre os quais Estados Unidos – onde nasceu -, Europa, Japão, Canadá, Reino Unido, México, Coreia, Taiwan, Oriente Médio e China.

A FESTA DOS NOVOS RICOS

O Brasil, tradicional consumidor de carros compactos e mais baratos, virou alvo das marcas premium em consequência da estabilidade econômica e do aumento do poder aquisitivo das classes média e alta.

E também, claro, pela necessidade dessas marcas em buscar refúgio em economias emergentes, diante da crise nos países desenvolvidos.

As vendas totais de veículos no Brasil devem bater recorde este ano, com cerca de 3,4 milhões de automóveis e comerciais leves. O País é o quarto maior mercado mundial.

O segmento de luxo, considerando modelos com preços a partir de R$ 100 mil, deve vender cerca de 275 mil unidades, segundo projeções da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC).

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