EUA desenvolvem drones submarinos pelo controle militar dos mares

Arma de Guerra Naval

FROTA SUBMARINA NÃO-TRIPULADA

Do blog ECOnsciência

Todo mundo já ouviu falar dos drones, temíveis aeronaves teleguiadas a grandes distâncias.

Elas foram concebidas, projetadas e construídas pelos militares dos EUA e Israel para utilização em missões belicosas muito perigosas para serem executadas por seres humanos em território inimigo.

A tecnologia de última geração teve sua inspiração nas antigas bombas voadoras nazistas, do tipo V-1, e nos inofensivos aeromodelos de controle remoto.

Porém, na prática, estas máquinas voadoras costumam ser muito mais letais para tropas e populações civis em áreas conflagradas, como Afeganistão, Líbia e algumas regiões da Ásia e do Oriente Médio.

Agora, aquilo que era horripilante no céu, acaba de dar um mergulho nas profundezas marítimas, com a criação do seu equivalente subaquático.

AS MAIORES VÍTIMAS

A Marinha dos EUA atualmente experimenta protótipos de drones submersíveis nas águas junto a Newport, em Rhode Island. A sua esperança é que venham a ser os pioneiros de uma futura geração de submarinos autônomos.

Estes drones poderiam representar uma profunda “alteração do jogo” naval. Afinal, tudo o que torna os drones aéreos tão eficazes pode muito facilmente ser aplicado aos submarinos.

Mas de que espécie de “eficiência” falamos aqui? Matar civis inocentes, incluindo crianças, segundo estudo das Universidades de Stanford e de Nova York.

O levantamento comprova que apenas uma em cada 50 vítimas do programa da CIA de ataques “dirigidos” com drones em áreas tribais do Paquistão são militantes conhecidos.

E não para por aí: um número entre 2.562 e 3.325 pessoas foi morta no Paquistão entre junho de 2004 e meados de setembro deste ano – das quais entre 474 e 881 era civis, incluindo 176 crianças.

Oficialmente, os drones marítimos “poderiam ser utilizados para mapear o fundo do oceano, desativar minas inimigas, coletar informações ou apoiar a guerra submarina. A Marinha espera que sejam virtualmente indetectáveis pelos sistemas inimigos”.

Submarino espião

Embora a tecnologia drone subaquática não esteja bem estabelecida, prevê-se que o novo equipamento será de grandes dimensões e extremamente autônomo, executando missões armadas a longas distâncias durante meses.

Dotados de sensores, poderão rastrear e identificar todo navio dentro da sua amplitude. Dependendo da situação, qualquer embarcação pode ser atacada, seja por uma arma ancorada ou por um torpedo disparado pelo próprio drone.

PERIGOSOS JOGOS DE GUERRA

Os almirantes estadunidenses andam ansiosos com a possibilidade de colocar a tecnologia em operação. Será, então, que submarinos armados não tripulados seriam utilizados em “missões clandestinas” contra o Irã no Golfo Pérsico?

A respeito disto, relatórios militares confirmam que atualmente são conduzidos exercícios aeronavais próximos das águas territoriais do Irã.

Drones subaquáticos fazem mesmo parte dos atuais “jogos de guerra”, informa a Bloomberg:

“Veículos submersíveis não tripulados estão entre os programas que o Pentágono acelerou este ano sob uma iniciativa “fast lane”– via rápida — para reagir a armas navais iranianas. Uma das mais sérias ameaças, alega a Marinha, são os botes iranianos de alta velocidade que podem empregar táticas de enxame“.

Uma declaração recente de Patrick Clawson, diretor de investigação do think-tank neocon Washington Institute for Near East Policy, sugeriu que os EUA deveriam provocar o governo de Ahmadinejad a “disparar o primeiro tiro”:

“Estamos no jogo de utilizar meios camuflados contra os iranianos. Podemos ficar mais sujos com isso. Os Estados Unidos – juntamente com muitos parceiros internacionais que pode mobilizar – deveriam mover-se para ações mais contundentes, sejam abertas ou encobertas, publicamente admitidas ou negáveis”.

Os invisíveis drones submarinos parecem constituir a arma perfeita a ser utilizada em atos de provocação.

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Remix de texto de Julie Lévesque — com informações documentadas no Resistir.

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