Cordel da Privataria Tucana, de Silvio Prado da APEOESP

Autor: Silvio Prado da APEOESP

CORDEL DA PRIVATARIA TUCANA

O Chefe de Redação

A PRIVATARIA TUCANA

Autor: Silvio Prado *

Caiu a casa tucana
Do jeito que deveria
E agora nem resta pó
Pois tudo na luz do dia
Está tão claro e exposto
E o que ninguém sabia
Surge revelado em livro
Sobre a tal privataria.

Amauri Ribeiro Junior
Um jornalista mineiro
Em mais de 300 páginas
Apresenta ao mundo inteiro
A nobre arte tucana
De assaltar o brasileiro
Pondo o Brasil à venda
Ao capital estrangeiro.

Expondo a crua verdade
Do Brasil privatizado
O livro do jornalista
Não deixa ninguém de lado
Acusa Fernando Henrique
Gregório Marin Preciado
Serra e suas mutretas
E o assalto ao Banestado.

Revelando em detalhes
Uma quadrilha em ação
O relato jornalístico
Destrói logo a ficção
De que político tucano
É homem de correção
Mostrando que entre eles
O que não falta é ladrão.

Doleiros e arapongas
Telefone grampeado
Maracutaias financeiras
Lavagem por todo lado
Dinheiro que entra e sai
Além de sigilo quebrado
Obra de gente tucana
Na privatização do Estado.

Parece mas não é
Ficção esse relato
Envolvendo tanta gente
E homens de fino trato
Que pra roubar precisaram
Montar um belo aparato
Tomando pra si o Estado
Mas hoje negam o fato.

Tudo isso e muito mais
Coisas de uma gente fina
Traficantes de influência
E senhores da propina
Mostrando como se rouba
Ao pivete da esquina
E a cada negócio escuso
Ganhando de novo na quina.

Se tudo isso não der
Pra tanta gente cadeia
Começando por Zé Serra
Cuja conta anda cheia
O Brasil fica inviável
A coisa fica mais feia
Pois não havendo justiça
O povo se desnorteia

Com CPI já pensada
Na câmara dos deputados
Não se fala outra coisa
No imponente senado
Onde senhores astutos
E tão bem engravatados
Sabem que o bicho pega
Se tudo for investigado.

Por isso, temos tucanos
Numa total caganeira
No vaso se contorcendo
Às vezes a tarde inteira
Mesmo com a velha mídia
Sua indiscreta parceira
Pelo silêncio encobrindo
Outra grande roubalheira.

São eles amigos da Veja
Da Folha e do Estadão,
Da Globo e da imprensa
Que distorce a informação
Blindando tantas figuras
Que tem perfil de ladrão
Mostrando-os respeitáveis
Como gente e cidadão.

Pois essa mídia vendida
Deles eterna parceira
E que se diz democrática
Mas adora bandalheira
Ainda não achou palavras
E silenciosa anda inteira
Como se fosse possível
Ignorar tanta sujeira.

Ela que tanto defende
A liberdade de imprensa
Mas somente liberdade
Pra dizer o que compensa
Não ferindo interesses
Tendo como recompensa
Um poder exacerbado
Que faz toda a diferença.

Mas neste livro a figura
Praticamente central
Sujeito rei das mutretas
Um defensor da moral
É o impoluto Zé Serra
Personagem que afinal
Agora aparece despido
Completamente venal.

É o próprio que aparece
Sem retoque nem pintura
Tramando nos bastidores
Roubando na cara dura.
É o Zé Serra que a mídia
Esconde e bota censura
Para que o povo não veja
A sua trágica feiúra.

E ele sabe e faz tudo
No reino da malandragem
Organiza vazamentos
Monta esquema de lavagem
Ensina a filha e o cunhado
As artes da trambicagem
E como bandido completo
Tenta preservar a imagem.

Mas agora finalmente
Com a casa já no chão
E exposta em detalhes
Tão imensa podridão
Que nosso país invadiu
Com a privatização
Espera-se que Zé Serra
Vá direto pra prisão.

E pra não ficar sozinho
Que ele vá acompanhado
Do Fernando ex-presidente
Mais o genro dedicado
Marido da filha Mônica
E outro homem devotado
Ricardo Sergio Oliveira
E também o Preciado.

Completando o esquema
Deixando lotada a prisão
Ainda cabe o Aécio
Jereissati e algum irmão
Nunca esquecendo o Dantas
Que só rouba de bilhão
E traz guardado no bolso
O tal Gilmar canastrão.

Como estamos em época
De Comissão da Verdade
Que se investigue a fundo
E não se tenha piedade
Dos que usaram o Estado
Visando a finalidade
De praticar tanto crime
E ficar na impunidade.

Tanto roubo descarado
Provado em documento
Não pode ser esquecido
E ficar sem julgamento
Pois lesou essa nação
Provocando sofrimento
A quem sofre e trabalha
Por tão pouco vencimento.

Que o livro do Amauri
Maior presente do ano
Seja lido e comentado
Sem reservas nem engano
Arrebentando o esquema
Desse grupo tão insano
Abrindo cela e cadeia.
Pra todo bandido tucano.

* * *

* Silvio Prado é diretor estadual da APEOESP – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo

Via Controlverso

8 comentários em “Cordel da Privataria Tucana, de Silvio Prado da APEOESP

  • 2 de março de 2012 em 11:25
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    Tá bonito. O livro é o maior marco histórico atual. Deve com certeza ser indicado a prêmio Jabuti. Melhor livro de história, política, sociologia… livro comprometido com a verdade. E agora com um cordel vai poder chegar aos com menos instrução e nos locais mais retirados, mais pobres, onde as pessoas não têm acesso ao material do livro. Ótima iniciativa, a louvo e fico feliz. Parabéns ao autor do cordel e obrigado pelo compromisso com a verdade.

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  • 26 de janeiro de 2012 em 17:00
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    Este cordel por certo servirá para difundir na internet a verdade sobre os anos negros que os tucanos ficaram no poder no Brasil. Temos um compromisso com a nação no sentido de divulgá-lo para todos os nossos contatos, objetivando assim, que as pessoas leiam o livro A Privataria Tucana e reflitam sobre o assalto que o pessoal do PSDB fez aos cofres públicos.

    Já que o PIG não noticia nada que comprometa o PSDB, temos a missão de fazer essa divulgação em massa pelas redes sociais.

    Peço também a quem adquiriu o livro que o empreste a quem não puder comprá-lo, temos um compromisso com a verdade.

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  • 29 de dezembro de 2011 em 14:13
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    Eu fico feliz e emocionada com manifestações assim. Como vcs mesmos publicaram num outro post: “A enxurrada arrebentou o dique. Não há mais como conter o furacão. Venceu a liberdade de expressão na blogosfera e redes sociais. O exército de guerrilheiros virtuais furou o bloqueio da velha mídia venal e seus colunistas amestrados. Comprar, recomendar, baixar e ler em PDF está sendo um verdadeiro ato de desobediência à vontade do PiG — o Partido da imprensa Golpista”. E fazer da poesia popular uma arma letal. Por que não?

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  • 29 de dezembro de 2011 em 11:56
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    Demorô!!! Tava faltando um cordelista aparecer para baixar a borduna. Taí, baixou!!! hehehehe

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  • 29 de dezembro de 2011 em 09:28
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    “Por isso, temos tucanos
    Numa total caganeira
    No vaso se contorcendo
    Às vezes a tarde inteira
    Mesmo com a velha mídia
    Sua indiscreta parceira
    Pelo silêncio encobrindo
    Outra grande roubalheira.”

    Na minha modesta opinião essa é a melhor estrofe do cordel. Achei que as outras poderiam ter seguido um pouco mais o estilo jocoso dessa porque, afinal, é uma das marcas registradas desse gênero de literatura. No entanto isso não retira o mérito do autor. Já estou repassando para meus contatos.

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  • 29 de dezembro de 2011 em 01:01
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    Cruz credo, que olhar mais maligno esse, sô. Expressão de desprezo, nojo pelo povo e olho gordo no bem comum (público). Xô, satanás.

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  • 29 de dezembro de 2011 em 00:13
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    bom, bom, bom, bom, bom, demaissssssssssssssssss…….

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  • 28 de dezembro de 2011 em 23:44
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    HUASHUASHUASHUASH!!!!!!

    Salve macacada! Muito legal mesmo! O texto e a ilustração. Parabéns a todos!

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