Cidades do interior serão o motor de crescimento do consumo no País

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Crescimento econômico no Brasil

As cidades do interior estão se transformando no motor de crescimento do consumo no País. Até 2020 os consumidores dessas localidades representarão um mercado de mais de 600 bilhões de dólares.

É uma cifra fabulosa que significará mais da metade do aumento do consumo no Brasil nos próximos seis anos, a ser puxado principalmente pelas famílias das classes média e alta.

A previsão saiu num relatório intitulado Brazil’s Next Costumer Frontier: Capturing Growth in the Rising Interior, produzido pelo The Boston Consulting Group.

Ainda segundo o estudo, nem todas as empresas conseguirão aproveitar as excelentes oportunidades de negócios, principalmente devido a falhas no atendimento ao mercado.

Estas famílias do interior do País já têm cerca de 20% a mais de renda disponível do que nas grandes cidades, mas consomem menos em certas categorias, como telefonia celular pós-paga e viagens.

Uma das razões apontadas para os gastos menores dos consumidores no interior é a falta de acesso aos pontos de venda.

Computador caipira

Aproximadamente 1 mil 400 municípios interioranos com mais de 5 mil famílias não têm instalados supermercados pertencentes às 20 maiores cadeias do País.

Cerca de 5 mil 500 cidades nem chegam a dispor de agências bancárias exclusivas do setor Premium, voltadas para atender clientes com maior poder aquisitivo.

A pesquisa também mostra que estas famílias viajam menos por causa da distância em relação aos principais aeroportos e pela baixa oferta de voos para os destinos desejados por elas.

Este público também é mais hesitante em fazer compras pela internet, principalmente devido à lentidão no prazo de entrega e dificuldades para obter o reembolso em caso de problemas.

Os consultores do Boston Consulting Group recomendam uma rápida expansão das empresas de varejo e também o desenvolvimento de campanhas de marketing locais.

Os modelos de negócios têm que atender às necessidades específicas desses consumidores, que apresentam padrões de consumo diferentes dos habitantes dos grandes centros urbanos.

O estudo foi baseado em uma pesquisa com mais de 3 mil 600 pessoas de famílias de classe média e alta nas capitais, regiões metropolitanas e cidades do interior de todas as regiões do Brasil.

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