Causos de jipes, vulcões e discos voadores em Minas Gerais

JIPEIROS: Ô RAÇA QUE NÃO DESISTE NUNCA!


Povo desassombrado mesmo é o jipeiro, uma raça que, quando cisma de seguir em frente, não desiste nunca por pior que sejam os obstáculos do percurso. E é exatamente o espírito da coisa que mostra este antigo anúncio para a marca Jeep, ainda super atual, mesmo tendo sido produzido há cerca de 10 anos.

Logo Jeep

A cena do off-road retornando para encarar a subida do vulcão me lembrou uma situação curiosa que vivi com meu irmão, companheiro aqui no blog, quando moramos por pouco mais de um ano numa cidadezinha do interior de Minas Gerais.

Era um município muito pequeno, na Zona da Mata, com apenas dois bairros e menos de mil moradores na área urbana. Os habitantes locais contavam muitas histórias sobre aparições de objetos voadores e, de fato, coisas muito estranhas aconteciam naquele lugar.

Certa noite, por exemplo, irrompeu esbaforido em nossa casa o cabo que comandava o destacamento da PM na cidade, composto por ele próprio e um único soldado.

À beira de um ataque de nervos, nos pediu ajuda para solucionar um mistério: segundo o policial, algo brilhante havia acabo de “pousar” no topo de uma montanha bem próxima e todos os habitantes tinham se trancado em casa, apavorados.

Da varanda pudemos, então, vislumbrar nitidamente a iluminação no local ermo. Decidimos, imediatamente, investigar de perto. O militar chegou a nos oferecer armamento, que recusamos.

Em segundos nosso carro atravessou o centro a mil por hora para iniciar a subida pela trilha íngreme de terra, enquanto víamos o valoroso defensor da lei e da ordem desviar a rota para se enfiar com a viatura na cadeia.

CAÇADORES DE ETs

Lá no alto, em meio à total escuridão, cercas de arame farpado e um denso matagal impediram nosso acesso à região da floresta. Sabíamos que o local era infestado de cobras, aranhas e escorpiões.

Mesmo com toda a dificuldade, pudemos observar do ponto mais próximo que conseguimos alcançar a iluminação brilhante, movimentos e ruídos em torno dela. Mas nada que permitisse melhor identificação do que se tratava.

Sem qualquer recurso mantivemos a vigília por mais de uma hora e, diante da falta de resultados, retornamos à cidade. Além disso, tínhamos que acordar ao amanhecer, para trabalhar. Ninguém ficou de olho para ver o ocorreria mais tarde.

Na manhã seguinte, éramos festejados como verdadeiros heróis, pela “bravura” com que nos lançamos em direção ao desconhecido. Passaram a nos chamar de “irmãos caçadores de ETs” e o apelido se espalhou por distritos e cidades vizinhas.

Enfim, alguns dias depois um grupo de matutos conseguiu abrir um atalho até o local e informou ter encontrado sinais de “sapatas” numa clareira sobre o mato amassado. Como não dispunham de equipamentos, nada pôde ser registrado.

O assunto ficou na boca dos mineiros por pouco tempo já que novos eventos viriam a ocorrer. Mas isto é tema para outros posts…

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