Camisa mais cara do mundo é feita com 3,2 quilos de ouro 22 quilates

3,2 QUILOS DE PURO HEDONISMO

A Cachaça da Happy Hour

A pessoa mais cheia de ouro que eu já vi de perto foi o bicheiro Waldemir Paes Garcia, o Maninho, assassinado em 2004. Foi na churrascaria La Strada, que existia na Rio-Petrópolis, em frente à Casa do Alemão, na Baixada Fluminense. Era um moreno alto e magro, com fama de playboy suburbano.

O contraventor ficou famoso por dar uns pipocos no ator Tarcisinho Meira Filho, que se meteu a besta com sua noiva num restaurante de Copacabana. Patrono da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, era muito bajulado por celebridades e jogadores de futebol, como Romário, Edmundo e Renato Gaúcho.

Maninho se acomodou ao meu lado, com uma camisa social aberta no peito e mangas arregaçadas para exibir as suas preciosidades. Os cordões, pulseiras e anéis, no olhômetro, pesavam em torno de meio quilo — simples de calcular para uma designer de joias. Longe, portanto, do sujeito aí do vídeo.

Camisa com 3,2 kg de ouro

Não é para menos. A breguice hedonista não é privilégio apenas dos nossos “empresários de jogos de azar”, como a imprensa passou a se referir aos bicheiros depois que se descobriu as ligações mafiosas de Carlinhos Cachoeira com o ex-senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e com o editor da revista Veja em Brasília, Policarpo Jr.

Já se conhecia, por exemplo, a veneração que homens de negócios e políticos da Índia culturalmente têm pelo ouro. Alguns exageram na dose, como Ramesh Wanjale, filho de um fazendeiro milionarésimo, que usa diariamente 8,5 quilos de ouro distribuídos em inúmeras joias como colares, anéis, pulseiras e outros acessórios.

Mas nada parece superar a “criatividade” de Datta Phuge para se destacar, não apenas como mais um rico indiano com muito ouro, mas literalmente tomando um banho de loja com o metal amarelo. E ele, de fato, alcançou o seu objetivo ao mandar confeccionar uma camisa de ouro 22 quilates, com peso superior a 3,2 Kg.

Contando com o apoio de uma equipe formada por 15 ourives, trabalhando 18 horas por dia, o obcecado Phuge pôde, enfim, vestir sua camisa após duas semanas de muito entusiasmo. “A camisa de ouro era um dos meus sonhos. Vai reforçar minha reputação de O Homem de Ouro de Pimpri”, declarou referindo-se à sua terra natal.

FANTASIA CARNAVALESCA

A vestimenta conta com 14.000 peças entrelaçadas entre si, dando um aspecto parecido com lantejoulas — como as que se usa em fantasias de carnaval. O ouro foi montado usando um tecido de veludo branco importado com seis botões de puro cristal Swarovski, juntamente com um cinto, evidentemente de ouro.

Datta Phuge explica que a sua preciosa camisa nada mais é que um investimento: “As pessoas compram carrões ou vão para o exterior de férias. Para mim, o ouro é uma grande paixão. Essa é a razão por eu ter investido tanto dinheiro nesse traje”, disse.

Além da bizarra camisa — avaliada em alguma coisa equivalente a quase 50 mil reais — Datta Phuge saiu da loja usando 5 kg adicionais de ouro em balangandãs para se sentir visualmente “adequado” ao colocar a vestimenta.

Se alguém imagina que ele corre o risco de ser assaltado, a resposta é simples: Phuge conta com fiéis guarda-costas que o acompanham para todos os lugares — quiçá armados até os dentes e mais competentes que a sinistra entourage que acompanhava o bicheiro Maninho na churrascaria, tempos antes de ser fuzilado.

Camisa com 22 quilates de ouro

Com informações do ótimo Jornal Ciência

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