Brasil comanda OMC e velha imprensa despreza a conquista

PERIGO! VÍRUS DA MÍDIA ATACA O CÉREBRO

Complexo vira-lata imprensa

Uma leitura transversal dos jornais permite observar como a velha mídia vem se tornando cada vez mais previsível e incapaz de se descolar do lugar-comum.

Percebe-se como o discurso jornalístico sempre se constrói em torno de convenções muito restritas e ditadas por interesses do chamado “primeiro mundo”.

A notícia sobre a eleição do brasileiro Roberto Azevêdo para o cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio transborda o orgulho nacional.

Mas a euforia é represada quando os jornais se vêem obrigados a dizer aos seus poucos leitores como se deu o processo de colocar um patrício no alto cargo da diplomacia mundial.

Para explicar como o governo brasileiro conseguiu reunir votos suficientes para vencer o candidato dos países ricos, não tem jeito, é preciso reconhecer que o Brasil construiu, na última década, uma sólida liderança entre os países emergentes.

Acontece que essa constatação contraria tudo o que a imprensa reacionária disse em todos esses anos sobre a estratégia nacional de relações exteriores.

Roberto Azevêdo

A opção por uma diplomacia voltada para a diversidade foi inaugurada em 2003, quando o País rompeu o alinhamento e a submissão automática com os EUA.

De lá para cá a imprensa brasileira adotou imediatamente uma posição antagônica a essa escolha, que passou a ser chamada de “terceiro-mundista”.

Embora o grande sonho brasileiro de um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU ainda não tenha sido alcançado, conforme fazem questão de registrar a Folha e o Globo, a escolha de Azevêdo para dirigir a OMC demonstra que a estratégia para tirar o Brasil da periferia do mundo está dando certo.

Seria esse fato suficiente para contribuir para desfazer entre os jornalistas o complexo de vira-lata? Difícil, para não dizer impossível.

Em todos os temas de interesse nacional, o discurso jornalístico percorre o mesmo trajeto. Ele começa sempre na percepção genérica do fato, envereda por algumas possibilidades e retorna ao senso comum do pensamento único que domina a mídia prostituída.

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