A verdade massacrada na desova de tartarugas na Costa Rica

Do blog A Cachaça da Happy Hour (publicado em 24/01/2010)

As fotos são mesmo chocantes e correm o mundo numa intensa troca de emails. A perplexidade contagia a rede mundial de computadores.

Não há texto, apenas uma sequência de imagens fortes que, a princípio, justificam o indignado frenesi nas caixas de correio eletrônico.

Logo na primeira delas, uma tartaruga se debate para cavar um buraco na areia e consumar a desova. Uma mulher recolhe os ovos no exato momento, ao que parece, em que são postos pelo enorme e indefeso animal marinho.

A série fotográfica sugere que outras mulheres e até crianças atacam os ninhos sem dó nem piedade. Os homens se incumbem de carregar nos ombros imensos sacos abarrotados de ovos recém depositados pelas tartarugas.

A quantidade de gente envolvida impunemente nessa “selvageria” impressiona. A tranquilidade com que cometem esse “crime ambiental” revolta todos os que recebem a torrente de emails disparados de todos os cantos do planeta.

Massacre de tartarugas! Roubo de ovos! Vergonha na Costa Rica! Assalto nas praias! Tartaruguinhas viram sopa! – são exemplos de títulos das mensagens eletrônicas trocadas por impulso, acriticamente.

Sim, porque neste caso específico pode ser que não seja exatamente isto o que esteja ocorrendo por lá. Na realidade, essas pessoas estariam salvando tartarugas!

Nem sempre algumas imagens valem mais que mil palavras.

Para entender esse drama da natureza temos que começar do início.

Mais de 20 anos depois de terem nascido na praia Ostional, localizada a 350 km ao noroeste de San José, no Pacífico, várias centenas de milhares de tartarugas regressam ao seu local de origem para deixar milhões de ovos.

Em 45 dias, nascerão pequenas tartarugas que, numa corrida de vida ou morte, tentarão lançar-se ao mar.

Entre os meses de setembro e novembro, assim que o sol se põe, milhares de tartarugas-fêmeas começam a sair do mar, avançam pela praia cerca de 50 metros, fazem um ninho e depositam uma média de cem ovos cada uma.

A tartaruga faz um buraco onde deposita os ovos e depois o tapa cuidadosamente com as patas, para evitar os predadores. A difícil tarefa leva cerca de uma hora e meia.

Assim que o penoso trabalho termina, a tartaruga volta para o mar.

Somente nesta praia da Costa Rica podem chegar nesta época até 100 mil tartarugas por dia, para realizar uma das maiores desovas do planeta, segundo os biólogos marinhos.

Isto significa a postura de 10 milhões de ovos num único dia!

Ostional é uma estreita faixa de areias escuras, com pouco mais de 2 km de extensão.

Não existe, obviamente, espaço físico suficiente na praia para comportar tamanho congestionamento de tartarugas, que se dirigem ao local quase todas ao mesmo tempo cumprindo o instinto de procriar.

O que acontece então é que os animais que chegam depois destroem os ovos anteriormente postos com o seu peso e escavações de novos ninhos.

Durante o dia, devido ao calor, todo o material orgânico apodrece rapidamente. Os ovos que não foram destruídos nem chegam a eclodir porque são contaminados por bactérias e outros agentes oriundos da decomposição generalizada.

O problema é antigo. Há 25 anos o pesquisador Douglas Clark Robinson, da Faculdade de Biologia da Universidade da Costa Rica, idealizou um projeto pioneiro envolvendo as famílias da comunidade de Ostional numa espécie de coleta seletiva de ovos para consumo ou comercialização.

Ao mesmo tempo em que gerava renda para a população pobre, começou a colocar ordem naquela, digamos, bagunça natural.

A partir daí, durante as primeiras 35 horas após o início da desova, os habitantes locais passaram a receber autorização para promover a retirada maciça de ovos que, certamente, seriam destruídos pelas levas seguintes de tartarugas.

Eles são treinados para a tarefa sob o monitoramento de membros da Universidade, do Instituto da Pesca e do Ministério do Ambiente, que até hoje gerenciam o projeto.

De acordo com o biólogo Ricardo Soto, o projeto funcionou muito bem durante uma década e meia.

Atualmente, entretanto, começam a ser detectados problemas de gestão sobre a atividade.

A coleta ilegal estaria ocorrendo mais fortemente em outras praias porque o governo costarriquenho teria perdido a capacidade de controlar as áreas protegidas.

Em sua opinião, também é grave o dano causado pelos pesqueiros que abatem involuntariamente as tartarugas nas proximidades da costa devido à pesca indiscriminada com espinhel e redes que arrastam camarões e tudo o mais que estiver na frente.

Acrescente-se a isso o impacto da especulação imobiliária, uma vez que inúmeros empreendimentos de hotelaria começam a ser erguidos na região de Ostional por grupos estrangeiros que exploram a atividade turística em larga escala.

E a desova das tartarugas é um grande espetáculo servido no cardápio de roteiros para os visitantes estrangeiros.

Soto, que cooperou durante muito tempo com a Fundação Marviva, admite que as imagens dessa corrente de emails são mesmo alarmantes, mas desconfia dos interesses ocultos por trás da iniciativa.

“Na verdade ninguém sabe quem iniciou a distribuição das fotos. Quem fez isso nunca mostrou o rosto”, conclui.

Resta perguntar: por que?

De todo modo a discussão é interessante e pode ir muito longe,  para que se saiba o que, de fato, anda acontecendo com as tartarugas marinhas e outros animais em risco de extinção naquela região do Pacífico.

Pelo menos que para isto sirva a corrente de emails sobre o suposto “massacre” das tartarugas nas praias da Costa Rica.

Mesmo que as coisas, à primeira vista, não sejam exatamente como parecem ser.

* * *

Blog da Nívia de Oliveira Castro

39 comentários em “A verdade massacrada na desova de tartarugas na Costa Rica

  • 2 de novembro de 2010 em 12:20
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    É ficou chocado quando vi essas fotos e que falava que era no rio Solimões, agora a verdade é outra, o deputado que lançou isso na net tem que ser processado, e mais usar o nome do MST isso sim é um irresponsável.

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  • 18 de outubro de 2010 em 13:02
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    Por favor, vejam as mentiras tendenciosas criadas a partir dessas imagens. São mentirosos que cultuam a fraude para favorecer o mentiroso candidato José Serra. São “farinhas do mesmo saco”.

    CADÊ O IBAMA ???

    VEJAM O QUE ACONTECE NA MARGEM ESQUERDA DO RIO SOLIMÕES A BEIRA DE UM ASSENTAMENTO DO MST.
    ESTA DEVE SER A IDEIA DE PRODUTIVIDADE DO “MOVIMENTO.”
    AS TARTARUGAS PRODUZEM, ELES ROUBAM E VENDEM OS OVOS.
    DEVE SER A PISICULTURA AUTOSUSTENTAVEL DO INCRA…
    MAIS UM POUCO, ADEUS TARTARUGAS!

    ROUBAM OS OVOS DAS TARTARUGAS, PARA VENDER. POR FAVOR.
    REPASSEM ESTA MENSAGEM SEM MODERAÇÃO, O PLANETA AGRADECE.
    °°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°
    A Internet aceita tudo, não fique repassando fraudes!!!
    °°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°

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  • 10 de outubro de 2010 em 13:31
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    Se no governo existe um descaso total com os aposentados, com os idosos, e com a saude publica imaginem com as tartarugas.
    Por isso, cabe a nós cidadãos brasileiros mudarmos isso.

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  • 14 de setembro de 2010 em 19:30
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    Agora ! Tartarugas Marinhas na margem esquerda do Rio Solimões ?! Forçaram hein ! Nas fotos da pra ver que tem até ondas pra surfar .
    Essas coitadas teriam que nadar o Rio Amazonas corrente acima pra desovar o Solimões.

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  • 15 de agosto de 2010 em 11:47
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    E agora em ano eleitoral, o hoax veio com tudo de novo…
    Ai a gente tenta divulgar a verdade, mas a força da mentira é muito maior, que coisa né? As pessoas querem saber da tragédia, divulgam a tragédia, envolvem nomes de outras pessoas e entidades… mas divulgar a verdade e o trabalho dessa comunidade, é “sem graça”. E ainda se ofendem quando percebem o quão BURRO é o hoax…

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  • 12 de maio de 2010 em 16:59
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    Já estamos quase chegando na metade do ano e ainda tem um bando de gente repassando o famoso hoax das tartarugas.

    Imagine que essa sequência de fotos saiu da Costa Rica, passou pela “margem esquerda do rio Solimões”, aqui na amazônia brasileira, e agora já aportou no outro lado do Atlântico, na Costa do Marfim, em pleno continente africano.

    Sério, amiga, acredite se quiser pois acabei de ler no twitter. Agora veja se esses catadores têm pinta de africanos…

    Pois é, depois dizem que a mentira tem pernas curtas… tem nada! Pelo visto são é muito compridas e ainda acabam dando a volta ao mundo, impulsionadas por um bando de gente sem responsabilidade.

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  • 12 de maio de 2010 em 14:51
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    que texto grande

    Resposta da Nivia: que nada, Ítalo, ficou até muito curto quando comparado a tanta bobagem publicada na rede acerca do assunto. Esta falsa impressão deve-se à quantidade de imagens.

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  • 25 de abril de 2010 em 22:53
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    Olá. Descobri o Blog da Nívia procurando algo sobre a história das tartarugas. Minha irmã recebeu o hoax/spam como se fosse tartarugas mortas no Solimões! Aí eu tava com pressa e usei meus dotes de biólogos pra analisar só as fotos: deu pra descobrir que dificilmente era no Brasil, pela fisionomia das pessoas no geral, que não eram tartarugas de rio, e sim marinhas, e as tartarugas não estavam mortas e havia telas de proteção de ninhos, e portanto havia algo errado na mensagem. Mas alguns depois, com mais tempo, fiz uma pesquisa e descobri um portal de notícias costarriquenho e, em seguida, o post no seu blog. Muito bom, repassei pra todo mundo. Agora, depois disso, dei uma fuçada geral nos posts, e gostei de muitos. Adoro Minas e pretendo viajar com minha mulher ainda este ano, se der, de carro. Quem sabe não dá pra conhecer a cachaçaria?

    Resposta da Nivia: Claro, Getúlio, será um prazer recebê-los. Amanhã faço outra postagem sobre este assunto do spam das tartarugas. Obrigada também pela dica.

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  • 22 de abril de 2010 em 14:37
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    Nivia,

    Estou postando a resposta que obtive em consulta feita ao PROJETO TAMAR sobre as fotos que aparecem acima e circulam na Internet num e-mail intitulado “AJUDEM A DIVULGAR ESTE ABSURDO. É revoltanteeeeeeeeeee, olhem só a cara deles, como podem ser tão inconsequentes????”:

    “Nas últimas semanas tem corrido livre pela internet emails, com o assunto AJUDEM A DIVULGAR ESTE ABSURDO, contendo fotos de pessoas coletando ovos de tartarugas marinhas e os carregando em grandes sacos. O e-mail termina solicitando “FAVOR DIFUNDIR. ROUBAM OS OVOS DAS TARTARUGAS PARA VENDER AOS GOURMETS SOFISTICADOS. REPASSEM, O PLANETA AGRADECE”.

    É importante esclarecer os fatos e estabelecer a verdade, pois o que sugerem o texto e as imagens não é exatamente o que parece. É mais uma “pegadinha” da Internet.

    A Costa Rica tem enorme tradição de conservação das tartarugas marinhas. O pesquisador americano Archier Car, pioneiro na conservação de tartarugas marinhas, há 50 anos já trabalhava para preservar a espécie Lepidochelys olivacea (tartaruga oliva) em Tortugueiro, Costa Rica, hoje um dos maiores sítios de desovas dessa espécie no mundo. E até hoje os pesquisadores costariquenhos continuam ativos e atuantes na proteção das tartarugas marinhas.

    E uma das características mais impressionante dessa espécie é que ela produz as Arribadas, um fenômeno que ocorre em algumas áreas de desovas. As tartarugas saem juntas da água em direção à praia para desovar, aos milhares, por varias noites seguidas. São mil na primeira noite, cinco mil na segunda noite e assim por diante. Em cinco noites, cerca de 100 mil tartarugas desovam em pequenas praias, com cerca de 300 metros, em um verdadeiro engarrafamento na areia. Os ninhos das primeiras fêmeas são revirados pelas outras, expondo-os ao tempo e aos predadores (aves, onças, crocodilos e gambás), o que muitas vezes inviabiliza o sucesso reprodutivo.

    Na Praia de Ostional, na Costa Rica, onde esse fenômeno acontece, e que está retratado nas imagens, os moradores locais, baseados em dados biológicos, são autorizados a fazer o aproveitamento dos ovos que são depositados nos dois primeiros dias da arribada e que seriam destruídos pelas fêmeas que desovam nas noites seguintes. Ou seja, os moradores locais coletam os ovos depositados somente nas duas primeiras noites e deixam os ovos desovados nas três noites seguintes.

    Como tudo na vida há prós e contras, críticas e elogios. Porém, os conservacionistas da Costa Rica acompanham, através das analises cientificas, o desenrolar dessa experiência que há dezenas de anos mobiliza milhares de pessoas e tartarugas. Como estratégia de conservação, busca-se fazer um manejo sustentado equilibrando os interesses. Assim não se perdem milhares de ovos, a comunidade local tem uma fonte de renda e as tartarugas fêmeas não são capturadas e continuam se reproduzindo.

    No Brasil não há arribadas e as tartarugas oliva concentram suas desovas no Estado de Sergipe e no litoral norte do Estado da Bahia, apresentando a maior recuperação populacional entre as cinco espécies que ocorrem no Brasil.

    Este ano o Projeto Tamar comemora 30 anos de serviços prestados na proteção e monitoramento das tartarugas marinhas. Como elas podem levar até 30 anos para se tornarem adultas e aptas a se reproduzirem, estamos recebendo nas praias brasileiras a primeira geração de tartarugas protegidas pelo Projeto Tamar. Apesar dessas conquistas, as tartarugas marinhas ainda estão ameaçadas de extinção. Redes, anzóis e luzes nas praias de desova ainda continuam matando as tartarugas. Por se tratarem de animais altamente migratórios, de vida longa e maturação sexual tardia, é necessário dar continuidade às atividades de manejo, proteção e pesquisa, numa perspectiva de longo prazo. Por isso, nossa meta principal é manter as estações de trabalho e orientar estudos que possam preencher lacunas de conhecimento sobre a biologia das espécies e o status das populações, contribuindo assim para um melhor desempenho das ações de conservação. ”

    Resposta da Nivia: Obrigada por esta colaboração, Eliana. Vou incluí-la numa série que estou concluindo acerca deste assunto. Posso? Só que também tenho uma “bomba”, para mostrar até que ponto vai a irresponsabilidade de alguns oportunistas para aparecer na mídia à custa da divulgação desses “hoax”. Fique de olho porque será publicada entre amanhã e sábado, combinado? Bjs.

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  • 17 de abril de 2010 em 22:12
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    Nivea,

    Só apimentar mais a história. Hoje recebi estas imagens com dizeres totamente diferente dos emails iniciais.
    “O QUE ACONTECE NA MARGEM ESQUERDA DO RIO SOLIMÕES”.
    Infelizmente o mundo virtual está caótico e sem noção.
    Felizmente neste mundo existem pessoas como você que pesquisam antes de tudo…
    “A melhor arma que temos é a nossa inteligência e não substimem os que a usam”.

    Resposta da Nivia: Está vendo só como são as coisas, Luiz? É o “hoax” criando pernas. Estou preparando uma série sobre este assunto, com a ajuda de alguns comentaristas. Logo, logo, publico. Obrigada também por esta colaboração. Bjs.

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  • 28 de março de 2010 em 08:30
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    Vejo que até quem tem conhecimento errou também, mas oq me deixa mais indiguinado é o fato mesmo que algumas pessoas ficarem sabendo do fato e fazer certo comentários que li acima……..

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  • 27 de fevereiro de 2010 em 21:32
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    poxa vida isso realmente é uma vergonha, sera que nao existe uma ong de proteção aos animais p/ intervir?

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  • 11 de fevereiro de 2010 em 17:31
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    obrigada pela atenção!

    já tinha lido alguma coisa através do oráculo, mas gostaria de ter mais fontes.

    grata, novamente. =)

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  • 11 de fevereiro de 2010 em 16:28
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    olá, nivia.
    gostaria de saber qual a fonte você utilizou pra pesquisar essas informações.

    espero resposta.

    grata.

    Resposta da Nivia: Além do link no nome do biólogo Ricardo Soto, que se encontra na postagem (e aqui), há uma infinidade de referências acerca do assunto, consultando-se o “grande oráculo”, especialmente no idioma nativo daquela região, o espanhol.

    Em português há menos referências mas você encontra alguma coisa para começar a investigar aqui:

    http://www.planetbio.com.br/?p=854
    http://ogritodobicho.blogspot.com/2010/01/explicacao-sobre-retirada-dos-ovos-nas.html
    http://ospiti.peacelink.it/zumbi/org/tamar/news/btam04.html

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  • 8 de fevereiro de 2010 em 01:08
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    Olá Nívea,

    Infelizmente a matança não é algo tão inocente assim como pode parecer. veja esta matéria do Tierramérica que é um jornal bastante respeitado: http://www.tierramerica.info/nota.php?lang=port&idnews=1481
    Também não vejo motivo para matar as tartarugas para pegar os ovos.
    Na matéria a bióloga do Programa de Recuperação de Tartarugas Marinhas da Costa Rica diz que: “Acredita-se que se continuar este ritmo de extermínio, em dez anos pode desaparecer”, advertiu. Em 1992, chegavam à Costa Rica entre mil e 1,5 mil tartarugas-de-couro, mas no ano passado chegaram apenas 52 exemplares.”
    Abraço, Mara

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  • 2 de fevereiro de 2010 em 12:17
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    Sou uma eterna defensora da natureza, da vida e acredito que todo plantio terá sua colheta. E assim como teríamos várias vidas multiplicadas através destes ovos extraviados, os predadores estarâo plantando o futuro da nação dos seus e dos nossos filhos e netos. Triste futuro , se hoje! que é , hoje,! já estamos sofrendo tantos pelas consequências dos inconsequentes . Tenho certeza que o nosso apelo espiritual chegará no âmago desses animais……….a material deverá ser divulgada sim !!!!! espero saber mais e mais……. Até logo.

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  • 2 de fevereiro de 2010 em 11:53
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    aeh samuca. num axei isso naum. axo q a malandrage da blogueira foi essa. mostra q apressado come cru. ela começa dum jeito p mostra a armadilha q a galera entra. ae repassa sem presta atencao e faz moh m*. eu num faco + isso. valeu.

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  • 2 de fevereiro de 2010 em 11:09
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    Para quem quer esclarecer uma situação destas, começou errado, se a pessoa só ler o inicio do comentário disponível, e não optar para ler mais, tem a percepção que o fato é realmente um crime.

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  • 29 de janeiro de 2010 em 23:35
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    Achei a dica desse vídeo zappeando pela Internet, Nivia. Pena que não salvei a fonte. Mas tudo bem, valeu porque eu corri atrás no YouTube. Confirma a tese que você levantou aqui e ainda dispõe novas informações. Parabéns pela intuição…

    [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=6407RNYyz8E&hl=pt_BR&fs=1&rel=0&w=320&h=240]

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  • 26 de janeiro de 2010 em 10:31
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    Boa, Nívea. Esse caso parece ser diferente mas aproveito para lembrar tambem sobre a existência de um negócio chamado HOAX ou “embuste”, em tradução literal. Há sempre um pilantra ou alguma máfia por de tras disposto a ferrar quem der mole.

    Hoax são aquelas histórias falsas recebidas por e-mails, postadas em sites de relacionamentos ou na internet em geral, cujo conteúdo, além das conhecidas correntes, consiste em apelos dramáticos de cunho sentimental ou religioso, supostas campanhas filantropicas, humanitárias ou de socorro pessoal. Tem até as manjadas advertências sobre falsos virus que ameaçam infectar ou até destruir o disco rígido do computador.

    Está cheio disso por aí e ainda assim, muitas pessoas ingenuas acreditam em coisas impossíveis sob o estimulo dos mal intencionados. Tem que desconfiar sempre dessas maluquices. Concordo, Nívea, o certo é confirmar na própria internet, buscando com as palavras-chave, por exemplo.

    Espero ter ajudado, em especial os marinheiros de primeira viagem. Abração. Z.

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  • 26 de janeiro de 2010 em 07:38
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    A questão fundamental é que a disseminação de mensagens equivocadas arranham a imagem de pessoas, instituições e países. É o conhecido “assassinato de reputações” , tão em moda nos atuais meios de comunicação. Ora, somos responsáveis pelo conteúdo que propagamos , mesmo que ele não tenha sido elaborado por nós. É como assinar um documento que tenha validade legal. Não o assinamos se temos dúvidas quanto aos seu teor ou o conteúdo não expresse a verdade. Antes de assinar não pedimos a orientação de quem entende do asssunto? Daí a nossa responsabilidade como pessoas de bem, de verificarmos antes em que tipo de contexto os fatos se desenrolam. Caso contrário também estaremos apenas repetindo de maneira irresponsável as barbaridades e práticas da nossa mídia, que tanto criticamos com toda a razão.

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  • 25 de janeiro de 2010 em 20:46
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    Que olho clínico, malungo Julião… o amigo foi mesmo na veia.
    Custei mas achei, lá no meio daquele monte de comentários.
    Não te falei, Nivia?
    O troll entra só pra desestabilizar, a turma entra na onda, ele então rapa fora de fininho e deixa o estrago pra trás.
    Tás pensando que eu não manjo dessas paradas? rs rs
    Saudações, malungo Julião, e axé.

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  • 25 de janeiro de 2010 em 20:15
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    Graaaande irmão Silvio! Identificou um TROLL tentando se aprochegar na maior cara-dura neste espaço tão bacana. Só que eu já venho filmando faz tempo a figura. Quer uma prova?

    http://www.atarde.com.br/cultura/noticia.jsf?id=1332785

    Rerrêêê!!! Se precisar mais tenho uma lista aqui. É só avisar. Vamos manter este local asseado. Fiquem na Paz…… e Axé!

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  • 25 de janeiro de 2010 em 19:26
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    Isso tem em qualquer lugar, tem que aumentar a fiscalização, envolver todo mundo, divulgar o que tem de bom e de ruim.

    Aqui mesmo em Pelotas umas duas semanas atrás a Companhia Ambiental da Brigada Militar encontrou num único terreno uns 50 mil ovos de tartarugas da espécie tigre-d’água. 5 pessoas foram para trás das grades. Os ninhos estavam camuflados em canteiros de plantas, que funcionavam como chocadeiras.

    Após o nascimento os bichinhos eram vendidos como animais de estimação para dentro do RS, para todo o Sudeste e até mesmo para a Argentina e Uruguai, o que configura crime de tráfico internaiconal de animais silvestres.

    O problema é que tem que tem quem compra, igual as drogas. Depois o pessoal fica arrepiado só com os problemas da América Central? Vai ver o qu anda acontecendo aqui. Não é muito diferente daquilo que acontece lá.

    Grata.

    GABI

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  • 25 de janeiro de 2010 em 18:00
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    A coisa não é tão zoneada assim na Costa Rica não, meu. Há avanços sim. O próprio Fundo Mundial para a Natureza (WWF, sigla em inglês) comemorou o nascimento de cerca de 1 mil tartaruguinhas-de-couro na praia Junquillal, na temporada de 2008, graças à proteção de jovens da comunidade, que espantam os predadores e protegem os ovos….
    Junquillal foi, provavelmente, a mais importante praia de desova secundária de tartarugas-de-couro na América Central, devido, não apenas à quantidade de ninhos detectados, mas ao sucesso no número de nascimentos de tartaruguinhas, mostra com todas as letras um relatório da WWF que pode ser achado na Web….
    A tartaruga-de-couro (dermochelys coriacea) é a maior do mundo. Mede quase dois metros e pode pesar até 650 kg. É verdade que há sério risco de extinção, principalmente por causa da coleta não-autorizada nos ninhos. Aí é pirataria, que está sendo combatida. Mas existe um esforço de proteção em andamento….
    Se o próprio WWF que é osso duro de roer, é quem diz isso, quem sou eu para questionar, meu. Por acaso acham que eles não iam botar pra quebrar em Ostional? Se liga, meu…

    Resposta
  • 25 de janeiro de 2010 em 16:38
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    Essa não, pintou um troll na parada. Até que demorô…
    É o preço do sucesso… rs rs rs
    Fica de butuca na moderação e com o dedo no botão…
    Quem avisa amigo é, hein, menina…

    Resposta
  • 25 de janeiro de 2010 em 15:47
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    Olá, Nivia. Tudo bom?

    Lendo agora o seu post e os comentários gostaria de parabenizar em especial o mineiro Oldemário. E não é que comigo aconteceu algo bem parecido, meu camarada?

    Veja só: logo depois que por completa “ingnorança” (hehe) repassei estas fotos sem uma análise mais profunda, assim meio no sopapo, um amigo me retornou com o conteúdo de uma explicação que também recebeu por emêio.

    Era de um cidadão (parece que lusitano) chamado Antônio Leitão. Preste atenção no que ele escreveu:

    “Estive em agosto passado na Costa Rica.
    Visitei durante alguns dias a Reserva do Tortuguero, local onde as tartarugas vão desovar.
    Para visitar as praias onde este fenómeno fantástico acontece, somos sujeitos a limitações tais, em que não é possivel quase falar nem utilizar lanternas.
    Estes locais só podem ser visitados de noite, sob forte vigilância de seguranças e guardas de costa bastante severos.
    Para os costarriquenses trata-se de um recurso natural que altamente preservam.
    (Note agora este parágrafo) TODA A CULTURA DESTE PAÍS E TODO O SEU POVO ACARINHAM DE FORMA EMPENHADA O AMBIENTE E TODOS OS SEUS RECURSOS NATURAIS.
    Não tenho qualquer forma de refutar as acusações que são feitas a estas áreas de desova das tartarugas, mas pelo que presenciei in loco custa-me muito acreditar…”

    Pois bem, sem emocionalismos, sem tomar partido, sem esbravejar, este “cidadão do mundo” dá um testemunho que, pelo equilíbrio, só reforça a sua credibilidade. Que foi o tom, aliás, que você mesma procurou nitidamente imprimir nesta sua postagem, caso contrário não teria usado os verbos na forma condicional, certo?

    E que é tom que às vezes falta a algumas pessoas, mais preocupadas em fazer ruído para chamar a atenção. Não são ecochatos, nem ecoxiitas, nem nada disso. São apenas agentes (voluntários ou involuntários) da obtusidade, portanto impermeáveis a considerações que não se enquadrem no figurino do seu radicalismo infantil. Estes, não somam nada à cidadania.

    Um abraço e vamos que a vida segue. Marcos Paulo

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  • 25 de janeiro de 2010 em 14:10
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    Ninguém tem que se desculpar de nada. O que ocorre na Costa Rica é crime ambiental, sem sombra de qualquer dúvida.
    Sem esse papo de coleta controlada! Preservação da espécie é o que se faz, por exemplo, na praia de Arembepe, Em Salvador, não isso que aí está.
    Este artigo, procurando minimizar o crime ambiental é dúbio e enganoso. Se o governo da Costa Rica algum dia cuidou da questão é coisa que não se sabe ao certo. Tendo cuidado ou não, o fato real é que agora não cuida mais e o que se vê é essa barbárie, esse crime ambiental denunciado pelas fotos.
    Aliás, que papo furado esse de que os ovos inicialmente depositados apodrecerão e contaminarão os próximos. O instinto das tartarugas não as deixaria desovar num ambiente que não fosse propício e, ainda que isto ocorresse, seria a seleção natural da natureza, não o roubo e destruição de ovos pela ação de pessoas sem qualquer escrúpulo.
    Defender o que aí se vê beira as raias do absurdo!

    Resposta
  • 24 de janeiro de 2010 em 22:41
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    putz…… e eu vacilei geral nivea. prah mim xegou na 5a ou 6a sei lah, e na orinha liberei pra galera toda. pior, ateh no orkut botei. deixa eu ir lah conserta antes da m… espalha +

    Resposta
  • 24 de janeiro de 2010 em 21:11
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    Por coincidencia recebi email igual hoje cedo e fiquei pê da vida demais.
    Só que logo depois chegou a correção da amiga que me enviou, pedindo desculpas e com a explicação de um biólogo de Floripa que parece que esteve por aquelas bandas.
    Pena que o nome dele não veio. Mas ele dizia assim no trecho principal:
    “Acho que estão fazendo uma certa confusão, pois na Costa Rica, em algumas praias, a coleta de ovos é permitida devido à densidade de fêmeas que desovam por lá. Nestas praias ocorrem ‘arribadas’ com centenas de milhares de fêmeas. Como elas retornam 3, 4, 5 vezes, os primeiros ninhos são destruídos pelas próprias fêmeas nas posturas seguintes. Daí a liberacão da coleta dos ninhos, que se perderiam naturalmente, pelas comunidades locais.”
    Ou seja, o cara manja do negocio e confirma integralmente o que você está dizendo aí.
    A liçao que fica é a que você propõe com muita clareza: que se faça sempre a checagem dessas notícias e desconfiar ainda mais quando são tão escandalosas.
    Conhece aquela expressão “tem gato na tuba”? Pois então, isso é atuar em rede (na internet) com responsabilidade.
    Parabens a todos que agirem sempre assim.
    A cidadania agradece.

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  • 24 de janeiro de 2010 em 20:03
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    Por muito pouco eu entro nessa onda e também pago mico igualzinho ao que quase aconteceu com o Tadeu, Nivia. Até fiz uma autocrítica no blog do Luis Nassif onde tem um esclarecimento seu sobre essa prática na Costa Rica. Reproduzo abaixo o comentário que fiz lá, um abraço:

    “Vixemaria! Levado mais pelo emocional quase apertei o gatilho para disparar prum monte de gente essas fotos da catança dos ovos das tartarugas. Recebi ontem uma mensagem só com imagens e um título imenso: “Roubo de ovos na Costa Rica” e fiquei injuriado com o negócio. Só que agora lendo o que você escreveu aqui e no seu blog é que caiu a ficha. Como você mesma disse, Nivia, pelo menos serve para uma boa reflexão antes de sair esparramando informações incompletas por aí que servem sabe-se lá a que objetivos.”

    http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/01/24/a-visao-estatica-da-blogosfera/?allcomments#comments

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  • 24 de janeiro de 2010 em 17:05
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    Hoje mesmo eu recebi duas dessa aí, Nivia. Se não leio essa materia sua clariando o lance ia pagar o maior mico tacando pra frente. Voce está certa não pode ser apressadinho não. Tem que ficar ligado. Valeu pelo toque.

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