A proposta para eleger o primeiro ‘governo mundial’ da Internet

Você quer governar a Internet?

PRIMEIRO GOVERNO MUNDIAL DA INTERNET

O Chefe de Redação

No próximo dia 11 de julho, em Nova York, será lançada a plataforma www.mynetgov.com que propõe “organizar” a democracia na Internet. Em outras palavras, botar “ordem e progresso” na zona.

Mas isso não vai frontalmente contra a ideia básica de que quanto mais anarquizada e caótica a Web melhor para todos?

Então, até onde se pode compreender, um determinado grupo — sabe-se lá saído de onde e com que tipo de orientação — reivindica o direito de convocar uma “eleição” a fim de hieraquizar uma estrutura de poder para a rede mundial de computadores.

Não é muita pretensão?

Soa tão anacrônico que especula-se até acerca de alguma pegadinha ou marketing viral para o lançamento de nova rede social.

E é esquisito mesmo, a princípio, para não se admitir o pior — que possa estar embutido em anúncio tão nebuloso.

Enfim, um mês e meio de fortes emoções pela frente, enquanto tentamos decifrar essa conversa mole.

O manifesto de lançamento — a ser lido com um pé bem escorado atrás — é o seguinte, para o devido conhecimento de todos:

O PRIMEIRO GOVERNO MUNDIAL DA INTERNET

Numa época, em que a Internet tem uma influência cada vez maior no nosso cotidiano, a plataforma mynetgov.com, que será lançada a 11 de Julho, irá eleger o primeiro governo mundial da Internet, de e para os cidadãos do mundo.

A participação cívica em questões que afetam de forma direta ou indireta as condições de vida das populações é uma ambição milenar dos cidadãos do mundo. Estes têm cada vez mais dificuldades em se reverem e se sentirem verdadeiramente representados nos atuais sistemas políticos.

Os territórios nacionais, demarcados geograficamente com fronteiras físicas, fazem cada vez menos sentido num mundo globalizado, que é, de fato, cada vez mais, uma “Aldeia Global. Por isso, a plataforma mynetgov.com, vai eleger de forma democrática um governo verdadeiramente mundial, composto e aprovado por cidadãos de todo o mundo, independentemente da nacionalidade, língua, religião, etc.

A plataforma oferece algumas das funcionalidades típicas das atuais redes sociais mas sem restrições de acesso à informação. Funcionando como um espaço de intervenção pública por excelência, de todos e para todos, onde serão debatidas as mais diversas questões (ambientais, econômicas, culturais, políticas, etc.), o mynetgov.com tem por filosofia de base que toda a informação é pública e acessível a qualquer utilizador da Internet.

Todos aqueles que se registrarem na plataforma terão acesso a uma página pública na Internet, onde poderão expressar as suas opiniões e seguir as intervenções dos outros cidadãos, assim como candidatar-se aos diferentes cargos, votar nas eleições e interagir com os membros da comunidade.

O governo eleito pelo mynetgov.com funcionará como um fórum privilegiado de discussão e aprovação de medidas segundo a vontade popular, com a finalidade de influenciar os decisores mundiais na construção de uma sociedade mais livre, mais justa e mais solidária.

* Visto no Luis Nassif

* * *

O Chefe de Redação

2 comentários em “A proposta para eleger o primeiro ‘governo mundial’ da Internet

  • 29 de maio de 2011 em 23:03
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    Em resumo [só como contribuição e sem querer parecer pedante], de acordo com uma leitura “epistemológica” baseada no grande filósofo francês Michel Foucault (1926-1984):

    No seu curso natural a História [e isto serve para a Internet] é descontínua, plural e dispersa, e “as coisas que parecem ser as mais evidentes, nascem sempre da confluência de encontros, acasos, ao longo de uma história frágil e precária.”

    Até que se produzem alguma “mesquinharia” na origem de todos os grandes acontecimentos históricos. Como ele dizia, toda grande mudança teve sua gênese em “pequenos começos, baixos, mesquinhos, inconfessáveis.” Eita nóis…

    O enunciado não serve então para esquentar uma boa reflexão a respeito desse “corte epistemológico” (hehehehe) que andam pregando?

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  • 28 de maio de 2011 em 19:28
    Permalink

    Só faltava agora esse bando de Illuminati propor a adoção do Esperanto como língua oficial da nova Nação internáutica emergente. HUASHUASHUASHUASHUAS!!!!

    Resposta

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